Então, " Raia 4" de Emiliano Cunha já estava na minha lista de preferidos fazia tempo. E em um domingo, foi a escolha esse filme com a natação como pano de fundo.
Adoro a água, acho que é dentro da piscina quando nadamos que temos a nossa paz interior, estamos em outro mundo, somente nosso e de mais ninguém. Amanda ( Brídia Moni) parece pensar assim também.
Outra coisa, é que acho que as filmagens de dentro da piscina ficam muito bonitas, há uma plasticidade diferente com o movimento do corpo, dos cabelos e combina bem com o cinema.
Bem, vamos ao filme : Amanda, uma adolescente de 12 para 13 anos, que vive com os pais médicos Rogério ( Rafael Sieg) e Marta ( Fernanda Chicolet), que estão quase sempre no hospital, mas nunca deixam de dar atenção à filha perguntando como foi o dia, o treino e outras coisas.
Talvez no entendimento dela isso precisaria ser mais intenso. Não conseguimos saber. Amanda quase não fala, é tímida, não tem amigas, apenas uma vizinha que vai à sua casa e mesmo assim ela não dá muita importância, e só pensa em focar nos treinos para ir bem em competições estaduais.
No treino, o seu professor Fábio ( José Henrique Legabue) pega bastante no seu pé e exige melhor desempenho.
Na própria equipe de natação, ela não tem amigas, e a única que fala alguma coisa com ela é Priscila ( Kethelin Guadagnini), que por nossos olhos parece ser um crush de Amanda.
Ela até tenta beijar alguns meninos do time, mas parece não sentir nada. Seus olhares parecem estar direcionados mesmo para Priscila, que fica com um garoto, mas, que também responde aos olhares de Amanda.
Amanda descobre o sexo vendo os seus pais fazerem, tem a sua primeira menstruação, mas, nada muda: Ela passa o seu tempo dentro da água, faz os seus exercícios de apnéia e só.
Ninguém sabe muito sobre Amanda e nem nós expectadores.
É um filme lento, às vezes chato quando os pais dela entram em cena, e que cada um pensa e reflete como queira sobre Amanda e o final do filme.
Na Globoplay.
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