Pegando a linha desse grande diretor, Ruben Ostlund, fui conferir mais um filme dele. Estou falando de " Força Maior " que foi selecionado para concorrer na seção Un Certain Regard no Festival de Cannes, onde ganhou o Prêmio do Júri.
Também foi selecionado como a entrada sueca para o melhor filme estrangeiro no 87º Oscar, fazendo a primeira rodada de lista curta, mas não foi um indicado e foi indicado para o Globo de Ouro de Melhor Filme de Língua Estrangeira.
No 50.ª Guldbagge na Suécia ganhou melhor filme, melhor diretor, melhor ator coadjuvante, melhor roteiro, melhor cinematografia e melhor edição e foi indicado para melhor ator, melhor atriz, melhor atriz coadjuvante e melhor edição de som.
Apresentadas as credenciais, vamos ao enredo do filme de Ostlund :
A família de Tomas (Johannes Kuhnke) e Ebba (Lisa Loven Kongsli) ,Clara Wettergren - Vera e Vincent Wettergren - Harry estão de férias e escolhem os alpes franceses para a sua estadia.
Lá, instalados dentro do luxuoso complexo, vão esquiar todos os dias. Logo no segundo dia, quando estavam almoçando no restaurante em frente aos Alpes, uma avalanche acontece, e o que parecia inofensivo vai direto para o restaurante, e Tomas foge da mesa da família e corre para dentro.
Passado o susto, as crianças e a mulher perguntando por Tomas, ele retorna e senta à mesa, não dando explicações para o fato de ter fugido e deixado a família sem a sua proteção.
Esse foi o assunto de discussão nessa noite do casal, já que na primeira noite, já haviam mostrado algum descontentamento.
As crianças perceberam o climão, e acham que os pais vão se separar.
Os dias se seguem, eles continuam esquiando, a mulher pede para esquiar sozinha uma vez, eles conhecem o casal Mats ( Kristofer Hiyju) e Fanni ( Fanni Metelius), com quem trocam um pouco de papo.
Anteriormente já haviam conhecido um outro " casal ", mas também houve um climão por causa do assunto da avalanche, e as coisas não estavam indo bem para Tomas.
Adorei a trilha sonora, o som, a fotografia, o roteiro e a direção. O filme em certos momentos te irrita, te pega de um jeito que não tem como fugir daquela situação vivida pelo casal.
Destaque também para o funcionário do hotel que tudo observa ( Johannes Moustos ), parecendo porque não, nós expectadores dentro daquela situação.
Como o relacionamento é difícil mesmo, e na grande maioria das vezes o casamento se sustenta por causa dos filhos.
Mas, a mensagem do diretor é de que até que ponto nós demonstramos quem realmente somos para o mundo, incluindo as pessoas que mais amamos.
Será que é tão importante o hotel em que ficamos, o restaurante chique, ter dinheiro, status e posição social ?
E o amor de um pelo outro ?
Estive pensando na hora do filme, que eu não gostaria de estar naquele lugar e nem com aquelas pessoas. Não sei, mas parece exatamente daquilo que o diretor trata: De um vazio perfunctório da burguesia.
Filmaço que você assiste no MUBI.
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