segunda-feira, 31 de maio de 2021

" Hit Parade " OU Minissérie do Canal Brasil



 

Vamos falar sobre a nova série do Canal Brasil, a " Hit Parade ", ambientada nos anos 80, e tendo como chamativa a participação de Maria Alcina.

Então, a direção da série é assinada por Marcelo Caetano, com idealização de André Barcinsky, e pano de fundo em B.H.

A série mostra os bastidores da indústria fonográfica nos anos 80 no Brasil. Explode alguns cantores, as indicações , os jabás, a cocaína, as trapaças , as mentiras musicais, o playback e outras coisas mais.

O primeiro episódio é o mais quente de todos na minha opinião, com Simão ( Tulio Starling), um frustrado cantor, sendo trapaceado pelo diretor musical e empresário de gravadora Missiê Jack ( Robert Frank).

Com esse infortúnio, Simão e sua mulher Lídia ( Bárbara Colen) , resolvem então, com a ajuda de Silvana ( Docimar Moreyra ), montar uma gravadora. Isso mesmo ! Eles mesmos vão lançar os sucessos e ganhar dinheiro com isso .

Começam inventando artistas, como o americano Terry, que na verdade era Geraldo, um amantezinho de Lídia, que fez sucesso com a música Summer Holiday, mas, teve que fugir rapidamente pois o cantor original veio a falecer.

Teve o Carlos Alberto ( Gui Calzavara ), que virou Enzo e virou uma febre entre as mulheres, pelo seu jeito cigano de ser. Teve que abandonar pois não aguentou o assédio.

O programa vespertino era o do Lobinho ( Odilon Esteves), que apresentava de patins, tinha suas Lobetes, e os jurados. 

Aí é que entra Maria Alcina, com participações bem incipientes, sem muitos créditos, apenas montada. Foi uma decepção para mim.

Outro que participou da minissérie foi Ovelha, que pelo menos cantou uma música no violão .

EdyStar também participou, como Ivanhoé, um cantor brega ultrapassado, que o Simão fez uma música para ele cantar no programa do Lobinho.

Está criada a Sensacional Disco, gravadora nova que busca talentos, imitações e até roubar discos do concorrente Missiê Jack para se firmar no mercado.

É uma luta o tempo todo entre os dois. E cocaína à vontade rolando em todos os ambientes da música dos anos 80. Uma festa bem regrada !

O figurino é legal, a cor é legal, fotografia, as músicas bregas, algumas menções das originais, outras que nos remetiam à alguém da época, assim como o próprio apresentador Lobinho.

Ainda no elenco : Rafael Lucas Bacelar ( Adalberto, irmão da Lídia ), Luiz Rocha ( Onésio ), Glaucia Vandeveld( Avó) , Eduardo Moreira, Docy Moreira, Assis Benevenuto( Frank Fabiano)e Rodolfo Vaz( cantor internacional ), Cherno Bill (Ramon Brant ), Lobito ( Gabriel Afonso ), Adão Tania (Luciano Falcão )

Não espere muita coisa. É bem brega, meio sem um sentido lógico.  


" From Zero To I Love You " OU Esse Sentimento que Cria As Borboletas em Seu Estômago.




Mais um excelente filme que assisto de uma lista dos 50 melhores de 2020. Estou quase acabando essa lista. Agora foi a vez de " From Zero To I Love You " , do diretor Doug Spearman.

O filme conta a história de Jack (Scott Bailey) e sua esposa Carla ( Keili Lefkovitz), com suas filhas, uma família perfeita, até que ...

Entra Pete ( Darryl Stephens) nessa história, em uma gay bar onde Jack estava , e foi amor à primeira vista. 

Sim, Jack tem esse desejo. Quer experimentar o lado homossexual. E está disposto a tudo . Pete tem medo, fica desconfiado, com um pé atrás, já que está se envolvendo com um homem casado e com filhos.

O seu pai Ron ( Richard Lawson), percebendo isso, desaconselha o filho do relacionamento, principalmente pelo fato do cara ser branco. Iria ser traumatizante e doloroso para o filho o final da história.

Depois de idas e vindas, jantares, mancadas por parte de Jack, Pete acaba por conhecer John (Adam Klesh), e parece que as coisas vão fluindo melhores, mesmo ele ainda sentindo muito a falta de Jack.

Jack está sempre entre a cruz e a espada, com sua mulher desconfiando de traição, ele usando seu amigo Eric Dupont ( Jay Huguley) para desabafar e contar toda a sua história.

A história tem seus vai e vens, Jack se complica cada vez mais, o problema vai se afunilando, vem mais uma gravidez ...

O final fica para você assistir ...

" UM " OU Embaúba Filmes/ Traços e Traçados/Ele & Ela




 Assisti ao filme disponibilizado pela Embaúba filmes, " Eu" , com a direção de Ricardo Mehdff, e gostei muito do que vi.

Achei diferente, as duas telas mostrando o dia a dia de um homem e uma mulher, no tempo deles, do jeito deles, buscando um denominador comum.

Visualmente falando ficou muito bom. Não temos diálogos. Mas, isso não faz falta .

Os atores são Thomas Andren e Sarah Hansel . O pano de fundo é o apartamento deles. Juntos ? Separados ? Você decide !

" An Almost Ordinary Summer " OU A Típica Comédia Dramática Italiana




 

Que felicidade assistir a esse filme. Não foi fácil disponibiliza-lo e executá0lo, mas, valeu o sacrifício.

Estou falando do italiano " An Almost Ordinary Summer ", que tem a direção de Simone Godano, e se passa em algum lindo lugar da Itália.

É feriado, e a família de Tony ( Fabrizio Beitivoglio) vai passar esses dias em sua casa de praia. Além de Tony, suas duas filhas Penélope ( Jasmine Trinca ) e Olivia ( Clara Ponsot) e Ida ( Lunetta Savino) e Gianlucone (Giandomenico Cupaiuolo).

Na casa de hóspedes, uma outra família também se prepara para curtir o feriado, com banana boat e tudo. É uma família mais agitada, simples, mas, que estão ali nesse lindo lugar para esse findi.

É a família do Carlo ( Alessandreo Gassman), com o filho Sandro (Filippo Scicchitano), a esposa grávida Carolina (Rosa Diletta Rossi ) e um filho fora de tempo de Carlo , Daniel (Fabio Bizarro).

A casa não foi o que eles esperavam, o banheiro era ao ar livre, não tinha TV, wifi, e outras coisas, mas, a vista para o mar era muito bela, e isso valia a estadia.

Mas, o que essas duas famílias estavam fazendo ali? Havia um propósito ? Sim ! O anúncio do matrimônio de Tony e Carlo.

Como fariam isso ? Só Deus sabe, já que o filho de Carlo é homofóbico, assim como a filha de Tony, Penélope também o é.

Uma pegada nos dois se beijando foi o início da confusão. Um casino ! 

O filme gira em torno dessa confusão, do casa e não casa , do rolo das duas famílias, da mistura entre os filhos e muito mais.

Adorei tudo isso . Muito bom.

Recomendo !

quinta-feira, 27 de maio de 2021

"Império dos Discos, Uma Loja Muito Louca " OU Queria Ouvir Essas Músicas, Ver a Liv Tyler, A Renné Zellweger



 Cheguei a esse filme de 1995 por causa de trilhas sonoras de filmes. Assim, assisti "Império dos Discos, Uma Loja Muito Louca " , do diretor Allan Moyle.

O que me chamou a atenção era que o pano de fundo seria uma loja de discos, com aqueles pôsters, cds, vinis e muito jovem trabalhando para atrair a clientela.

Dentre os jovens : Liv Yyler ( Corey Mason), Renné Zellweger (Gina ), Rory Cochrane (Lucas ), Anthony La Paglia ( Joe ), Tobey Maguire ( Andre) e muitos outros jovens artistas da época.

Os funcionários precisam dar uma força porque a Empire Records está em dificuldades financeiras, e assim será comprada por uma grande rede. Eles tentam de tudo, até jogar nos cassinos de Atlantic City e perder todo o dinheiro do caixa e piorar a situação, como o que aconteceu com Lucas.

Depois, outros planos vieram para poder erguer a loja e salvar a situação .

As informações visuais são loucas, psicodélicas, dá vontade de pegar item por item da loja e colocar no quarto. 

A trilha sonora é vastíssima : trecho de Light My Fire do The Doors, My Generation do The Who, AC/DC, The Cranberries, Dire States, Suicidal Tendencies, Sponge, Adolecents, The Coyote Shivers, The Buggles com a melhor da playlist para mim : " Video Killed The Radio Star" e muitas outras.

Você vai se deleitar com a alegria e a força da molecada. E desde novinha, Renné Zellweger já se mostra como uma poderosa atriz, principalmente no número final de canto e dança na laje da loja.

Adorei o poster do filme !

Valeu a pena por esses detalhes. Assistam na Prime Vídeo !

" O Inocente" Ou Uma Das Melhores Minisséries que Assisti nos Últimos Tempos "

 




Acho que foi uma das melhores minisséries que assisti nos últimos anos. Foi uma indicação de uma amiga do trabalho e superou minhas expectativas.

Falo de " O Inocente ", com a direção de Oriol Paulo, que está no catálogo da Netflix e baseada no romance de Harlan Coben de mesmo nome.

São oito capítulos, mas, a sensação que você tem no segundo é que está vendo outra série. Mas, as coisas vão se concatenando umas com as outras, assim como os personagens.

Tudo começa com uma noitada em uma boate, e uma briga no final, que acaba por um acidente, onde Mateo ( Mario Casas) ao se defender e empurrar Daniel , faz com que ele caia e bata a cabeça na quina da sarjeta, morrendo na hora.

Pronto, esse é o start do filme, Mateo vai ser julgado e condenado por quatro anos de prisão. E quando sai, as coisas se movem como um tsunami.

Teremos os pais de Daniel, ( Sonia e Jaime ) Ana Wagener e Gonzalo de Castro, as garotas de um puteiro famoso ; Kimmi (Martina Guzman)  Emma( Juana Costa ) e Olivia  ( Aura Garrido) , Anibal (Mike Esparbé ) o cafetão das meninas, Hermana Irene (  Susi Sanchez), Aguillar ( José Coronado ) e outros ...

Ah, não posso deixar de destacar a excelente Alexandra Jimenez que fez a oficial Ortiz.

É um quebra cabeças enorme, e somente no penúltimo, ou talvez no último capítulo é que você saberá da verdadeira história. Só falo que Mateo tem provar sua inocência todos os dias de sua vida , e não será fácil sua tarefa .

Excelente mesmo. Imperdível . Tem que assistir . Netflix !



quarta-feira, 26 de maio de 2021

" O Fotógrafo de Mauthausen" OU Eles Eram Muito Cavalos !



 Que boa indicação desse filme da Netflix : " O Fotógrafo de Mauthausen", de Mar Targarona, com o tema já impresso em muitos filmes, mas, que sempre temos um tempo para refletir e não esquecer do que foi essa sangria nos anos 40.

Os espanhóis tiveram um problema na Guerra Civil em seu país, e alguns deles foram os primeiros mandados para os campos de concentração.

Mauthausen era o destino deles, e Francisco Boix ( Mario Casas ), um ex combatente, para se salvar da morte, tornou-se o fotógrafo principal dos momentos de horror do campo.

Mas, com sua astúcia, força e fé, ele articulou com outros uma forma de levar esses registros mórbidos para fora do campo e fazer com que esses animais paguem por seus crimes hediondos ali cometidos.

Ele ia juntando os negativos dos filmes e guardando, escondendo, dando para outros colegas, para quando a guerra acabar, e a Alemanha sair derrotada, com os negativos eles podiam usar contra os nazis.

Bem, o filme é essa luta, é aquela sangria que todos conhecem, sem novidade. 

Vale pela atuação de Mario Casas , que parece ser o bam bam bam da Netflix no momento.

Assistam !

terça-feira, 25 de maio de 2021

" Se A Rua Beale Falasse " OU Deixe a Dor Por Minha Conta ( Baseado no Livro de James Baldwin)



 Há tempos queria assistir ao filme " Se A Rua Beale Falasse ", dirigido por Barry Jenkins, adaptado do livro de mesmo nome de James Baldwin.

Foi nesse filme que saiu o Oscar de melhor Atriz Coadjuvante para Regina King, no papel de Sharon Ribers, mãe da personagem principal Tish ( Kiki Layne).

Tish e Alonzo Fonny ( Stephen James) cresceram juntos, se gostavam desde pequeno, e foi só chegar a fase madura para se entrelaçarem e tornarem namorados.

Foi a primeira transa de Tish, é amor de ambas as partes. Mas, um fato vai fazer com que esse romance desse uma pausa, e justamente na hora em que Tish mais precisava de Fonny.

O filme tem ótimas cenas, principalmente aquela entre as famílias dos namorados, que tem a mãe beata demais do Alonzo, chata com tudo e com todos.

Os encontros de Fonny e Tish são sempre carregados de muita emoção. A viagem de Sharon para Porto Rico tentando salvar o casamento da filha.

Os simpáticos dos dois pais do casal , como Mr Rivers ( Colman Domingo) dão um show de simpatia mesmo com o ambiente desfavorável.

É uma triste história, claro, sempre carregada de um teor social e político, característicos do autor da mesma e espelhada pelo diretor do filme.

Para refletir ...

segunda-feira, 24 de maio de 2021

" Lemebel " OU À Margem da Vida

Assisti ao documentário " Lemebel " com a direção de Joanna Reposi Garibaldi, grande nome do movimento queer do Chile, desafiando até a ditadura do governo Pinochet.

Com relação às imagens, o documentário buscou o que tinha: aquelas de video cassete, um pouco picadas, mas, foi o que conseguiram para fazer um compilado e mostrar a todos quem foi Pedro Lemebel .

Um artista de performances arriscadas, um pirotécnico, sempre tocando em assuntos ácidos, como a homofobia, o machismo e a ditadura de Pinochet.

Nos poucos programas de TV que Pedro Lemebel apareceu, foi para causar, para deixar o apresentador em maus lençóis, mostrando realmente a que veio nesse mundo.

Da periferia de Santiago, homossexual, afeminado, e muitas outras características que ele mesmo se auto denomina, contribuíam ainda mais para a sua discriminação na época.



O que mais gostei foram as poesias que Lemebel declamou no documentário, a sua personalidade, seu arrojo e a vivacidade até o final de sua vida.



Destaque para a ida de Lemebel para Nova York, quando foi convidado a desfilar em uma parada, e ele foi de uma fantasia cheia de seringas com um líquido vermelho. Era tempos de AIDS.

Achei que faltaram alguns temas como sua intimidade, seus amores, sua doença e sua morte , mas, fica para uma exploração pessoal de cada um após o filme.

Como não conhecia, agora se que foi um dos expoentes na arte queer da América Latina .

Valeu !