Que bom ver obras desse grande e único artista, que é Leonilson . Ainda bem, que espaços, como o Centro Cultural Fiesp, nos dão essa oportunidade.
Telas, tecidos, lonas, botões, gravuras, papéis , tudo o que se podia fazer para representar alguma coisa, Leonilson, nos seus poucos anos de vida, soube muito bem aproveitar todos esses materiais .
José Leonilson Bezerra Dias, nasceu em 1957, em Fortaleza . Em 1961, a família muda-se para São Paulo.
Ele frequenta colégios católicos e cursos livres de artes plásticas na Escola Panamericana de Arte, no período de 1962- 1974, onde produz seus primeiros trabalhos.
Em 1975, cursa Turismo por correspondência, pela Escuela de Turismo de Baleares em Palma de Mallorca. Cursa em 1976 , colegial técnico de turismo no Colégio Ideal, onde conhece o crítico de arte Casimiro Xavier de Mendonça. Trabalha como intérprete na 13ªBienal de São Paulo.
Em 77, frequenta a faculdade de Belas Artes e depois o curso de Artes Plásticas da FAAP. Em 79, expõe no IV Salão de Arte Contemporânea da Associação dos Artistas Plásticos de Jundiaí. No mesmo ano, divide ateliê com o amigo Luíz Zerbini.
Em 1980, apresenta sua primeira exposição no Museu de Artes Moderna da Bahia. Passa a frequentar o Centro de Estudos Aster. Tem aulas de aquarela com o artista plástico Dudi Maia Rosa.
Em 81, mora em Madri, onde realiza sua exposição. Em Milão, conhece o artista Antônio Dias, que o apresenta ao crítico italiano Achille Bonito Oliva . Em 82, trabalha com o grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone.
Em 83, apresenta-se em SP e no Rio, e depois em Porto Alegre. Em 84, realiza sua primeira exposição em sua cidade natal .
Em 85, participa da Bienal em Paris e em São Paulo . Em 86 expõe em Munique, depois em Amsterdã .
Em 1993, cria sua última obra, Instalação sobre duas figuras, para a Capela do Morumbi, mas, não chega a vê-la montada. Falece em 28 de maio, na casa dos pais.
Em 1994, recebe o Premio da Associação Paulista dos Críticos de Arte pela exposição na Galeria de São Paulo e pela instalação na Capela do Morumbi.
Em 1996, tem obras no Museu de Arte de Nova York . Em 19997, é lançado um curta metragem sobre o artista " Com o oceano inteiro para nadar " com direção de Karen Harley. Participa da Bienal de Istambul .
em 1999 o Moma adquire uma coleção de desenhos e bordados de Leonilson. Em 2001, tem obra no Tate Modern de Londres.
Em 2002, obra em Lisboa, em 2005, o Centro George Pompidou , em Paris, recebe doação do Projeto Leonilson. Em 2007, participa da Bienal de Veneza , Em 2008, em Cali, na Colômbia.
Em 2015, é lançado o primeiro longa, " A Paixão de JL", com a direção de Carlos Nader, recebendo o prêmio de Melhor Documentário de Longa Metragem no 20º Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade.
Em 2017, é realizada a primeira exposição individual em Nova York. Em 2018, o Moma recebe a doação de mais uma obra de Leonilson.
Em 2019, O Centro Cultural Fiesp, nos proporciona essa exposição "Leonilson : Arquivo e Memória Vivos ".
Eu já sou um fã desse moço, que morreu tão prematuramente em decorrência do HIV/AIDS, mas, que com muito sentimento e simbolismo pôde representar e comunicar-se com sua arte.
Poucos são como Leonilson , por isso , conhecer seu trabalho nos dá um enorme prazer.
Valeu a pena!
Eu recomendo !
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