Eita como esses nórdicos sabem fazer filme! Mais um deles para a coleção e reflexão, claro.
Falo de " Kalak" de Isabella Eklof que está na 48ª Mostra de Cinema Internacional de São Paulo.
Kalak significa na língua local, homens que são o que mais encontramos por aí, aquele cara que vive com um ar de felicidade, sempre pensando em como sair da próxima enrolação, é o tal cara roleiro, que se você se meter com ele, vira bosta.
Se for pelo início muita gente já desliga a TV ou sai do cinema, pois o pai abusa do filho. E essa é só uma cena, uma vez, das centenas que devem ter acontecido antes.
Jan( Emil Johnsen) é dinamarqûes, enfermeiro e casado com August ( Asta Kamma), e o casal tem um casal de crianças.
Eles partem para a Groenlândia a fim de novos horizontes e desafios, e Jan e a família têm que se adaptar com o frio devastador, a comida, o povo e o idioma que é diferente.
Mas Jan parece não se importar muito não e arruma uma saída para tudo, assim como sai às noites para se deitar com as nativas de lá, e quando volta ainda avisa à sua esposa do que fez.
Escroto ! Sim !
O filme vive dando lições, nos mostra a cultura local, tem uma cena no início de uma dança regrada a tintas coloridas sensacional, e também nos ensina a preparar bebidas, como um café com vodca.
Lá para frente, depois de muitas cagadas, e o início de um outro descontrole: O vício por narcóticos, facilitado pelo fato de ser enfermeiro e ter acesso fácil aos mesmos, a filha de Jan sofre um ataque de cães, toma 54 pontos e tem que ser removida para Copenhagen.
Não é que ele mandou a esposa e o filho e ficou lá se viciando cada vez mais em morfina.
Jan se perde de tal forma que também é transferido para Copenhagen para se tratar e acaba voltando para a casa do pai, que tem câncer.
Ainda bem que a diretora nos contempla com músicas para afastarmos de um estado de nervosismo que toda essa situação nos leva.
Muito bom !
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