quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

" To Kill a Tiger " OU Estupro Coletivo na Índia



 

Assisti ao documentário  canadense que concorre ao Oscar 2024, " To Kill a Tiger" , dirigido por Nisha Pahuja, que conta a história de uma adolescente indiana de 13 anos que foi tirada de uma celebração à noite por 3 rapazes e estuprada à força por um a um.

Kiran e seus pais moram em Jharkhand, na Índia, e no documentário inteiro nós vemos a insistência do pai, Ranjit em ir atrás das autoridades, na delegacia, no juíz, mesmo sendo achincalhado pela sua aldeia, no intuito de pedir justiça aos 3 estupradores.

Na Índia, onde uma violação é denunciada a cada 20 minutos e as taxas de condenação são inferiores a 30 por cento, e essa tarefa é bem árdua para Ranjit.

Não há muita gente em quem confiar, e você tem que ser persistente, senão já desiste logo de cara.

O documentário foi meio arrastado em minha opinião e um pouco repetitivo, eu já pedia para o seu final  muito antes dele acabar.

De qualquer fato, o assunto é importante e devemos discutir mais sobre ele.  


quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

" American Fiction" OU Uma Belezura na Prime Vídeo


Assisti a mais um filme indicado ao Oscar 2024. Dessa vez foi " American Fiction" dirigido por Cord Jefferson e que está disponível no Prime Video.

O filme conta a passagem de Monk ( Jeffrey Wright), um escritor razoavelmente conhecido que faz um tempo não escreve um livro.

Monk volta à sua casa natal, pois sua mãe não anda bem de saúde. Ele encontra a irmã, que é médica, no hospital e posteriormente o irmão, que também é médico, separado, com filhos e que agora está em um relacionamento homo afetivo.

Jeffrey e Monk não se dão bem. Ele é muito folgado, caipirão e por um infortúnio eles acabam perdendo Lisa ( Tracee Ellis Ross) por um infarto.

Monk tem que ficar mais presente por ali por causa da mãe que tem a cuidadora e quase da família Lorraine ( Myra LucretiaTaylor).

Nesses dias , em frente à sua casa, ele vê uma mulher negra e essa lhe chama a atenção. Ela é Coraline ( Erika Alexander).

Nisso tudo, Monk é pressionado a lançar um livro por seu editor e vê uma nova campeã de livros, Sintara Golden ( Issa Rae) e acaba tendo uma ideia semelhante.

Monk lê o livro da moda, que é meio que cheio de gírias e um vocabulário meio chulo e o entrega para o seu editor.

A resposta veio voando. Querem comprar o livro. Ele coloca um codinome. Tem que falar diferente por telefone

O livro escrito rapidamente, de forma chula, meio que brincando, é o grande sucesso de Monk.

E vamos seguindo, tem o relacionamento de Monk  com Coraline, tem a piora do Alzhimer da mãe de Monk , Agnes Ellison ( Leslie Uggams), e as confus~es do irmão Clifford Ellison (  Sterling K Brown), além de um produtor que quer fazer da história de Monk virar um filme.

É isso ...

Divirtam-se .

" Pobres Criaturas " OU Uma Aula de Direção de Arte e de Atuação de Emma Stone



 Assisti finalmente ao filme " Pobres Criaturas " de Yorgos Lanthimos, com um pouco de fantasia, de terror, drama, comédia e atuações fantásticas de seus personagens.

Era Vitoriana, Londres, e o Dr Godwin Baxter ( Willem Dafoe), que faz experimentos e dá aulas de medicina para seus alunos, pega um corpo de uma jovem mulher, que acaba de se jogar da ponte ao rio.

O corpo está fresquinho e além disso, carrega um bebê que sobrevive ao suicídio.

Ele então pega o cérebro do bebê implanta no da mulher, dá uns eletrochoques e a revive.

Nasce Bella Baxter ( Emma Stone), acontece que ela tem um corpo de uma mulher adulta com uma mente de um bebê.

Tem que aprender a andar, falar, comer e todas as outras funções  de desenvolvimento que você já conhece em uma criança.

Nesse momento, chega para auxilia-lo, seu pupilo Max McCandles ( Ramy Youssef), que acaba anotando 24 horas por dia o que Bella faz e se apaixona por ela.

Acontece que aparece na casa do médico, o dramalhão Duncan ( Mark Ruffalo) que tenta conquistar Bella e tirá-la dali.

A moça que agora aprende o que lhe dá prazer por baixo, vai com o Duncan para Lisboa em um passeio de  navio.

Eles se reencontram no sexo. Ela fica encantada com esse novo brinquedo que lhe faz gozar.

Mas Bella se cansa de Duncan, briga e não o quer mais por perto.

Eles param em Paris e se separam. Ela vai trabalhar em um puteiro em MonMartre, e fica encantada de que além de fazer sexo agora ela ganharia dinheiro.

No retorno à Londres, ela encontra outra mulher em casa aprendendo as mesmas coisas que ela, mas DR Godwin muito doente, e em fase terminal, e Max lhe esperando para casar.

A última cartada de Bella é fazer o curso de medicina.

Sem palavras para descrever a direção de arte, os detalhes, os figurinos, cabelo, maquiagem, fotografia, som e outras categorias técnicas.

Tudo primoroso.

Sucesso !

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

" Ferrari " OU Estreia de Gabriel Leone em Hollywood




 Pra falar a verdade gostei bastante de " Ferrari " filme de Michael Mann, que retrata o período da marca em 1957 em Modena, na Itália.

Lá, Enzo Ferrari ( Adam Driver) continua a frente de tudo e sendo o comendador, muito respeitado por onde anda e casado com Laura Ferrari ( Penélope Cruz), sua parceira e sócia na empresa.

O casamento dos dois não anda bem, e a própria Laura sabe que Enzo dá as suas saidinhas e tem outras mulheres.

Na verdade, ele tem mais uma mulher, Lina ( Shailene Woodley) e um filho com ela, Piero, que vivem em uma cidadezinha afastada de Modena para afastar ruídos e conversas .

E o mundo competitivo do esporte continua, mas a Ferrari não está boa das pernas e precisa se reinventar no mercado, está vendendo pouco.

A grande cartada seria vencer a famosa " Mille Miglia", onde Enzo colocará 4 a 5 corredores, entre eles o espanhol Alfonso De Portago ( Gabriel Leone) que suou para conseguir entrar na equipe de Enzo.

Aliás, fico muito honrado de ter o nosso brasileiro fazendo parte do filme, com uma boa minutagem e boa atuação, e que com muita coragem fez até uma cena mais ousada com sua namorada.

Parabéns ao Gabriel Leone, que ele tenha uma brilhante carreira internacional. Talento, ele tem.

Voltando ao filme, tivemos a Mille Miglia e aí um divisor de águas, e mudanças na vida de Enzo.

Gostei muito do som dos motores, dos tipos de carros, dos lugares locados e claro, da atuação de Adam Driver.

Recomendo !

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

" Eden (2020) " OU Transitando No Mundo do Pecado


 Assisti ao curta metragem belga " Eden " de 2020, dirigido por Sven Spur que traz uma paleta vermelha para os seus 17 minutos de filme.

( Wolf ) Mustaf Ahmeti  começa a frequentar lugares gay da cidade onde vive para experimentar tudo o que tem vontade.

É aí que encontra Benny (Vincent van Driessche) e os dois têm uma sintonia perfeita para o sexo e passa ao expectador naquela luz vermelha toda a tensão do momento do casal.

Wolf experimenta mais sensações e posições, como no sado, e alí podemos presenciar correntes e redes.

Bom experimento visual.   

" O Nosso Pai " OU Indo Para Brasília


 

 Assisti ao curta metragem " O Nosso Pai " dirigido pela ótima Anna Muylaert, que realizado na época da pandemia da Covid-19, teve muita coisa para se dirigir sobre.

No curta, inicia-se com a notícia da morte da mãe da personagem vivida por Camila Márdila, que não se conforma de tê-la perdido para essa doença.



Ela divide a casa com as personagens de  Grace Passô e  Dandara Pagu, que é uma video influencer de comidinhas.


Acontece que a personagem de Grace Passô quer de qualquer jeito ir à Brasília e matar o presidente em questão por causa da Covid-19 e de tantos outros assuntos pertinentes ao seu governo que ela desaprova.



Liga para o pai, pede um auxílio, fala para as amigas da casa e entra no carro rumo à capital do Brasil.  

" Red Rooms " OU O MUndo Baixo da Dark Web


 Assisti o thriller " Red Rooms " do diretor e roteirista Pascal Plante, em que temos 3 crimes horrendos praticados por um serial killer que está na berlinda no banco dos réus em um júri em Quebec, no Canadá.

Ludovic Chevalier ( Maxwell McCabe-Lokos) é o homem acusado que se senta nos dois meses de tribunal, não diz uma palavra, não se inclina para nada, somente escuta dentro de uma redoma de vidro.


Kelly-Anne (Juliette Gariépy), modelo durante o dia e profissional do jogo e das criptomoedas da dark web à noite, é astuta e sabe dos meandros desse mundo podre.

Ela sabe muito bem o que está acontecendo nesse tribunal e já se deparou com os vídeos horrendos que mostram a perversão usada pelo assassino contra as adolescentes. Esses vídeos são vendidos na dark web.

Surge também no tribunal, Clémentine ( Laurin Babin), uma jovem que se apaixona pelo jeito de Ludovic e tem a convicção de que é inocente. Assim, vai ao júri para ver de perto o crush e clamar por sua inocência.


É lá que Clémentine conhece Kerlly- Anne e as duas fazem um vínculo, onde Clementine até entra um pouco no mundo de Kelly Anne indo em sua casa.


O filme não mostra em momento algum o sadismo do serial killer, só o pós fato de tudo isso, o desespero dos familiares e a conclusão de seu caso perante a justiça.


Além disso, ficamos sabendo qual é a de Kelly- Anne e o porque dela ir a todas as audições do acusado no tribunal do júri.

Bom filme.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

" BlackBerry " Ou A História de Uma Era na Telefonia Celular


Assisti o filme " BlackBerry" dirigido por Matt Johnson e que está disponível na Prime Vídeo.

Acho interessante conhecer essas histórias, principalmente se eu já passei por elas em algum momento.

O diretor nos traz desde o início com uma dupla de amigos : Mike ( Jay Baruchel) e Doug ( Matthew Johnson), que têm uma  PJ bem simplesinha de produtos para informática ou telefonia, e tenta com a equipe de amigos deles surpreender os EUA com alguma inovação na frente dos tubarões.

Foi o que aconteceu com um protótipo de telefone, que envia email e tem internet, além de um teclado no aparelho.

Eles inicialmente apresentam o aparelho para Jim Balsillie ( Gleen Howerton), que estava empregado em outra grande empresa e que não deu bolas para a apresentação de Mike.

Acontece que Jim foi demitido por motivos de desvio ilegal de dinheiro, e foi atrás justamente dos dois caipirões do novo aparelho de telefonia para tentar algo no mercado.

E não é que apesar de um início conturbado, deu certo e eles conseguiram lançar o tal do BlackBarry.

De uma fabriqueta eles passaram a ter uma empresa respeitada que vendeu milhões de aparelhos e tudo ia  a galopes quando perceberam que não podiam exceder mais a vendas de telefones por causa do fluxo na rede que estava emperrando e acabando com a estabilidade do mesmo.

Foi uma queda justamente que coincidiu com o advento do início do telefone da apple, que tinha uma grande tela, uma revolução também.

Os dias da equipe de Jim, Mike e Doug e todos os profissionais que ele contratou tirando de outros excelentes empregos para trabalharem ali estavam contados.

E que venham os I Phones...

Nunca mais vimos um BlackBarry na mão de ninguém.

Ótimo filme e ótimas atuações,

Gostei. Na Prime Vídeo. 


quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

" Zona de Interesse " OU A Banalidade do Mal


 Finalmente assisti ao badalado e falado filme britânico que concorreu a vários prêmios e ainda concorre ao Oscar 2024 " Zona de Interesse "  de Jonathan Glazer filme adaptado do romance de mesmo nome de Martin Amis.

Esse conceito de " banalidade do mal " foi trazido por Hannah Arendt e é exatamente o quadro que iremos ver no filme:

Uma casa de luxo com jardim e piscina ao lado do muro que a separa do grande campo de concentração de Auschwitz.

Nessa casa moram o grande administrador de lá o Rudolf Hoss ( Christian Fiedel), sua esposa Hedwig Hoss (Sandra Huller) , seus filhos e as escravas polacas.

Eles somente se preocupam com o bel prazer da casa, da piscina, de irem ao rio pescar, de comer bem, tomar um sol, vestir-se bem, independente da fumaça que sai do crematório, dos gritos das pessoas e tiros que ao longo do tiro todos podemos ouvir dali e daqui.

Até o cachorro irrita de tanto que ele aparece em cena pra lá e pra cá como se tudo estivesse normal.

A mãe de Hedwig chega à casa para passar uns dias com a família, mas no final ela vai embora e deixa um bilhete com suas justificativas.

Rudolf é transferido para outro campo, mas Hedwig permanece na casa que tanto fez para construir, para ter o seu jardim e horta.

Nessa etapa em que Rudolf sai de Auschwitz é a que Hitler autoriza o massacre dos judeus vindos da Hungria.

Com o tempo e o substituto de Rudolf não tendo se adaptado, ele é convidado a retornar à sua casa.

O filme é sonoro. Você já começa com uma tela preta por minutos e com sons. A todo instante você tem sons, no final você tem sons. É uma experiência sonora importante e diferente.

Assisti por duas vezes seguidas para ficar bem gravado em minha mente o que o diretor quis nos passar.

Lembrei de quando estive em Auschwitz e me deparei com gritos e choros dos visitantes em frente do crematório. Horrível.

É isso aí. Mais um filme para nos lembrar da história. Mais uma vez o cinema contribui para o nosso conhecimento e memória. Arte.   

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

" The Royal Hotel " OU Férias Frustradas na Austrália



 Assisti ao filme " The Royal Hotel " dirigido por Kitty Green que levam as duas amigas mochileiras americanas de férias para a Austrália.

Elas começam bem, em uma festa em um barco na Baía de Sydney, quando uma delas, Liv ( Jessica Henwick) percebe que seu cartão de crédito já não tem mais grana.

Hanna ( Julia Garner) fica desolada, mas as duas seguem para uma zona de apoio ao turista e elas conseguem um hotel em um local bem remoto e distante quilômetros da cidade.

Era o que tinha. Foram de ônibus. Só terra, nada de paisagem, nada de prédio e de gente.

Quando o ônibus as deixaram, um carro as pegou com um cachorro e a mulher as levou para o local, que também funcionava como bar durante à noite.

Uma pocilga.

Os quartos de dormir ! Sem comentários. Isso porque ainda tinham duas inglesas que estavam prá lá de Bagdá.

Bom, o dono do local ( Hugo Weaving) as ensinaram como servir cerveja aos clientes, os tipos delas e era isso, elas trabalhariam à noite para ganharem um dinheirinho para se sustentarem.

Mamma mia.

Para se sociabilizarem melhor, inventaram que eram do Canadá, pois achavam que os homens gostavam mais das canadenses.

Nesse local havia muitos mineiros, e sem educação, toscos, machistas, bêbados e que não respeitam mulheres.

Elas estavam em apuros.

Matty ( Toby Wallace) tentou de tudo para ficar com Hanna, inclusive as levou para passear e nadar em cachoeira.

Dolly ( Daniel Henshall) era o chato, o predador, o bêbado que não desiste, violento.

E por aí vai.

Elas precisavam passar umas semanas, ganhar o seu dinheiro e fugir daquele lugar. Será que vão conseguir?

Fico impressionado como o álcool altera as pessoas. Elas se transformam. E não precisam de nenhuma outra droga.

Não é que elas conseguiram ver um canguru!

Mas, será que valeu a pena ?

PS: Oh delícia de música que é " The Loco- Motion " da Kylie Minogue, australiana como o pano de fundo do filme.