O documentário foi realizado por três jornalistas da Associated Press e mesmo muita gente da população não querendo que eles filmassem o horror e o caos que eles estavam vivendo, eles salientavam a importância das imagens para mostrar ao mundo o que aconteceu ali.
Na maioria das vezes os jornalistas acompanhavam os médicos nos hospitais e a chegada dos feridos ou quase mortos por bombas, mísseis e outros meios usados pelos russos para tomarem a cidade, que é um importante ponto geográfico.
Vimos cenas impressionantes, de mulheres gritando que suas casas foram destruídas, seus carros queimados, que seus filhos não voltaram do trabalho, não sabiam onde ficar.
A orientação era para ficarem em abrigos e túneis subterrâneos que protegiam das bombas e mísseis.
Então víamos esses locais lotados principalmente de mulheres e crianças. Os homens, por causa da Lei Marcial, foram convocados à guerra.
Cenas de saque em lojas também foram mostradas e a pergunta no momento era por que fazer isso , se nada importava a não ser estar vivo naquele momento.
Os médicos revoltados em perderem crianças e adolescentes para a guerra pediam que os jornalistas filmassem tudo aquilo ali para o mundo ver o que Putin estava fazendo.
Já não havia água, luz, internet, telefone, comida, suprimentos, medicamentos, analgésicos, tudo era um caos.
O centro cirúrgico do hospital era porta aberta. Parecia uma feira. Horrível. E nem mesmo os médicos sabiam se estariam vivos ou não daqui a uma hora.
O pior de tudo é que era inverno. Nevava na Ucrânia. Ainda tínhamos o frio para piorar todo esse recorte.
Pela primeira vez via-se os tanques com a letra Z usadas na guerra pela Rússia dentro de Mariupol.
Muito triste, muito real e angustiante ouvir o grito daquelas mães desesperadas perdendo tudo.
Uma cena impactante para mim é quando os corpos foram jogados em uma vala todos juntos e amontoados.
É isso ...
E com muito merecimento, o filme foi um dos 05 indicados ao Oscar 2024 como Melhor Documentário.
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