Que maravilha, esse sim um cinema de poesia, e de encher os olhos de quem gosta de cinema.
Parabéns ao cinema iraniano, ao diretor Bahman Ghobadi, de nos dar de presente essa pérola.
" O Último Poema do Rinoceronte " traz o casal Sahel ( Caner Cindoruk) e Mina ( Monica Belucci), juntos e apaixonados.
Estamos nos anos 70, Irã, e com a chegada da revolução, o motorista de Mina, que a leva para todos os cantos, por ser de uma família com dinheiro, além de também apaixonado por ela, entra para o o bando extremista e faz com que Sahel, poeta Iraniano que acaba de lançar seu livro com o mesmo nome do filme seja preso por ser acusado de fazer menções políticas no livro.
Da mesma forma, Mina vai presa, só que ele mesmo tem condições de soltá-la, pelo seu amor e poder no momento.
Sahel fica por 30 anos na prisão. Mina cumpre menos de 5 e o motorista lhe faz uma proposta de tirá-la do país e fugir para a Turquia, vivendo uma vida mais tranquila e segura.
É impressionante como se manipula vidas, como se mexe com os sentimentos de quem não interessa para o governo.
Nesse caso, Mina pega o atestado de óbito de Sahel e que tem até lápide em um lugar para deixar seus sentimentos.
Mina mora com esse motorista, que ela não ama, mas que vive com duas filhas, que não sabemos se foi de Sahel em seu último momento ou do próprio motorista que a estuprou nesse mesmo dia.
Sahel( Behrouz Vossoughi) sai da prisão 30 anos depois, acabado, velho, quase mudo, e vai atrás de onde estaria Mina.
Ele consegue saber que ela está na Turquia, e faz vigília com seu carro na praia, de frente para a casa dela.
Observa toda a movimentação, faz contato com duas moças, dá carona para as mesmas, que vão se prostituir na cidade, e espera um melhor momento para vê-la mais de perto.
Fatos se seguem a essa chegada e a cabeça de Sahel fica ensandecida.
O que um país faz com a vida de duas pessoas que se amam e querem apenas serem felizes.
É assim no Irã. Ou pelo menos, era.
Ótimo filme.
No Reserva Imovision.
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