segunda-feira, 19 de junho de 2023

" Fogaréu" OU O Patriarcalismo em Seu Modo Turbo.



 Excelente o filme " Fogaréu " de Flávia Neves, que traz o latifúndio do estado de Goiás como pano de fundo, e mais uma vez o patriarcalismo reinando em nosso país.

Fernanda ( Bárbara Colen), retorna para o seu estado, na casa de seu tio Antônio ( Eucir de Souza), prefeito da cidade e latifundiário, com as cinzas de sua mãe, irmã de Antônio, já que a mesma queria ser lançada por ali mesmo.

Ela chega exatamente em um dia onde a casa do tio estava envolta por uma festa política, encontrando o seu primo Pedro  ( Allan Jacinto Santana), a sua tia Arlette ( Fernanda Vianna), sua prima Tereza ( Kelly Crifer) e uma gentalha importante bebendo e comendo às custas do dinheiro público.

Fernanda avisa do porquê de sua vinda, já começa a instilar suas verdades em relação ao que vê e seu tio e esposa já querem dar um jeito rápido de mandar ela embora dali.

Antes disso, ela conversa com as duas empregadas da casa, chamadas de bobas: Mocinha ( Nena Inoue) e Joana ( Vilminha Chaves), que eles fazem de escrava.



Fernanda percebe que isso não está certo e tira algumas verdades principalmente de Mocinha.

São essas verdades que ela vai atrás até finalmente saber quem era sua mãe e também a sua própria identidade.

O período coincide com as festividades do fogaréu, que dá um brilho a mais no longa com muito fogo, carapuças e a noite em que tudo pode acontecer.

Há também o personagem de Timothy Wilson, que faz um personagem que tenta ajudar Fernanda com suas ilusões e pensamentos adiantados.

Vi muitas críticas negativas de que o filme poderia explorar mais isso e aquilo, mas para mim foi o suficiente para despertar análises e narrativas sobre a obra.

Gostei !

  

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