" Big Bang " OU Muita Resiliência

 Excelente o curta metragem brasileiro " Big Bang " de Carlos Segundo, que deu as caras no Festival de Locarno na Suiça.

O filme transita com o nanismo como forma de representar mais essas pessoas no cinema e filmes, e o Chico, personagem interpretado por Giovanni Venturini o faz com muita maestria, principalmente na cena final de catarse total do personagem e quem sabe do próprio Giovanni.

Chico conserta fornos, e pelo seu tamanho consegue entrar dentro deles, tendo facilidade para tal conserto.

Ganha pouco e sempre é interpelado pelo preço combinado, puxando-se para baixo, diminuindo todo o seu trabalho e conhecimento.

Quando tem um acidente e ele vai parar em um pronto socorro, ele esperando um rx de crânio, conhece Marta, uma funcionária de casa de rico que está acompanhando sua filha que está com uma forte infecção.

Conversando sobre trabalho e relações patrão/trabalhador, Marta diz :

“Largar minha filha para cuidar de filho dos outros? Eu não, eles que arranjem outra pessoa. A gente não é ninguém pra esse povo.”

Marta em sua conversa com Chico clama que ele erga sua cabeça contra a classe burguesa. Chico observa as sábias palavras e as leva para o seu ofício.

Como disse, o final é catártico e foda, valendo cada minuto do filme.

No MUBI.