Com a direção de Sérgio de Carvalho, o filme " Noites Alienígenas " chegou à Netflix e fui lá conferir.
O início dele na casa de Alê ( Chico Diaz) com o diálogo do mesmo com o Rivelino ( Gabriel Knoxx) é de uma qualidade de atuação do Chico Diaz de impressionar, ou melhor, de apenas comprovar o quão bom ator ele é.
Alê é um dos chefões das drogas em Rio Branco, e Rivelino trabalha com ele, além de fazer suas pinturas no spray.
Além disso, Riva namora Sandra ( Gleice Damasceno), que teve um filho com Paulo ( Adanilo Reis ), hoje um grande noiado pelo uso de drogas, e que vive fugindo do tráfico pois sua dívida é grande.
Sua mãe não o deixa nem entrar em casa pois pega tudo para trocar por droga ou pagar um pouco de seu rombo.
Rivelino mora com a mãe Beatriz ( Joana Gatis), que vive com medo do filho se dar mal com seus 17 anos por causa do tráfico.
Vemos também claro o outro grupo, uma outra facção do tráfico que é mais impiedosa que o do Alê.
O filme tem a parte boa dos jovens que dançam e têm no hip hop um forma de protestar e jogarem pra fora toda aquela catarse de viver naquele lugar sem muita forma de ascensão social.
Uma outra cena legal foi de ver a fuga de Paulo para a casa da avó, indígena, e ela fazer o ritual da ayahuasca com ele para ver se melhora essa dependência com as drogas.
No mais, é uma Rio Branco periférica, com problemas como toda outra capital, e a droga imperando a cena, sendo mais um problema de políticas públicas no nosso país.
Em linhas gerais, gostei do filme, de ter nos apresentado uma nova região, e temas que insistem em nos advertir para uma maior reflexão.
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