Assisti ao filme indicado ao Oscar 2023 " Women Talkin" de Sarah Polley.
O longa traz uma história baseada em fatos reais e inspirada no livro de mesmo nome de Miriam Toews, inspirado num caso bizarro de múltiplas brutalidades registradas numa comunidade menonita na Bolívia entre os anos de 2005 e 2009.
No filme podemos ver uma colônia, onde as mulheres cuidam de seus filhos, têm os seus afazeres e não saem de lá por nada. Não conhecem o mundo exterior.
Elas passam por diversos tipos de violência física e mental através dos homens da comunidade e resolvem de uma hora para outra dar um basta.
Elas montam um tipo de plebiscito na grande casa ( celeiro) e decidem se querem Não agir; Ficar e Lutar; Fugir.
Como é uma comunidade muito cristã, todos esses assuntos são delicados, e difíceis de se chegar a uma conclusão, principalmente por causa do perdão.
Elas se reúnem por vários dias e nesse grupo estão : as irmãs Salome (Claire Foy) e Ona (Rooney Mara), a cética Mariche (Jessie Buckley) e as matriarcas – se é que se pode usar a palavra em um contexto tão patriarcal – Agata (Judith Ivey) e Greta (Sheila McCarthy).
Destaque ainda para Scarface Janz ( Frances Mc Dormand), que tem uma postura mais firme e inalterada frente aos episódios da comunidade.
“Deve haver algo pelo que valha a pena viver nesta vida e não apenas na próxima.”O único homem em cena é o professor August ( Ben Whishaw), encarregado de registrar as discussões numa ata por conta de sua formação letrada. August é filho de uma das mulheres mais influentes da comunidade, que lutava por uma vida melhor, e que infelizmente já não estava mais ali para presenciar esse grandioso momento coletivo.
“Nossa fé é mais poderosa do que as regras.”O final é poderoso.
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