Assisti ao filme britânico, do diretor de Zâmbia, Rungano Nyoni, que levou o BAFTA de melhor filme em 2018, o British Independent Film Awards de 2017, o Prêmio Independente Spirit de Melhor Filme Estrangeiro de 2018, o Satélite Award de Melhor Filme Estrangeiro em 2018, e foi o representante do Reino Unido no Oscar de 2019, como Melhor Filme Estrangeiro.
Então, o filme " Eu Não Sou Uma Bruxa" entrou no MUBI, e fui conferi-lo.
Com uma estética visual muito bem apropriada e que faz o expectador ter curiosidades sobre o que está vendo, o filme tem sua identidade própria.
Fala sobre um povo onde acusa uma garota de ser bruxa. E quando ela é indagada por um colaborador do Estado, ela não responde nem que sim e nem que não.
Aí, vamos exatamente para o local onde elas ( as bruxas ) ficam todas juntas, para que Shula ( Margaret Mulubwa) se some a elas.
O mais marcante e gritante de tudo é que essas mulheres são controladas por uma rédea, uma fita cumprida, que as limitam de se moverem.
O Estado quer aproveitar de que Shula é uma menina para que tire proveitos disso. Passa a levar a menina em alguns lugares e eventos para que ela dê sua opinião sobre pessoas, delitos e outras desordens.
Shula se assusta com isso tudo. É uma criança. Não deveria ter a responsabilidade sobre acusar esse ou outro, que por outro lado também tinham o direito de acusá-la de ser uma bruxa e lhe desejarem o mal.
Nessa dualidade, nesse contraponto, quem perde o jogo no final é o mais fraco.
Bom conhecer essa realidade, um filme africano, costume e particularidade de um povo que precisamos mais e mais conhecer melhor.
No MUBI.
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