Assisti ao controverso e polêmico filme de Darren Aronofsky, " A Baleia ", que traz o sofrimento e as grande limitações de um paciente que tem uma obesidade mórbida, pesa uns 300 kilos, e como consequência tem uma insuficiência cardíaca congestiva, e já com o coração bem grande e desgastado, está à beira da morte.
Charlie ( Brendan Fraser) mora sozinho em um apartamento, é professor de literatura de um curso universitário que dá aulas online e não aparece na câmera para os alunos dizendo que está quebrada.
Charlie tem uma única amiga, a enfermeira Liz ( Hong Chau), que trata dele todos os dias, além de ter o seu trabalho de assistência em hospital.
Liz leva comida para ele, ajuda em algumas coisas da casa, conversa, dá carinho e afeto, tenta levá-lo ao hospital já que após uma crise teve uma PA de 238/135.
Charlie é resistente e não quer sair de casa. Um dia, em uma crise imensa, um jovem missionário bate à sua porta e o ajuda a sair dessa crise.
Thomas ( Ty Simpkins) é um missionário da Igreja Nova Vida, a mesma igreja do pai de Liz, que é um dos organizadores, que fez com que o irmão e namorado de Charelie fosse expulso por ser homossexual, e mais, levou o rapaz a terminar com sua vida.
Após a morte da pessoa que ama, Charlie entra nesse processo de obesidade que aumentava a cada dia.
Liz também vivia revoltada em ser a ovelha da família e ser o seu pai o responsável por tantos estragos na vida de duas pessoas que ela mais amava.
Thomas tenta levar a palavra de Deus para Charlie alguns dias, mas o mesmo já a conhece, mesmo assim o rapaz diz que tem uma missão ali naquele lar.
É quando aparece Ellie ( Sadie Sink), sua filha, agora adolescente de 17 anos, que tem problemas com redações na escola, e está prestes a perder o ano.
Vai à casa do pai pela primeira vez após ele te-la abandonado aos 8 anos, para ficar com o seu namorado, e acaba com ele.
Depois de sua vingança moral ainda exige que ele refaça suas redações da escola para que ela não perca o ano e ele ainda dá todo o seu dinheiro para ela.
A mãe e ex mulher de Charlie, aparece no final: Mary ( Samantha Morton), que não acredita no que está vendo: O estado de Charlie.
Fiquei meio chocado, tocado e com medo ao ver um personagem naquela situação. Transferi um pouco para mim e sinceramente foi um dos filmes mais difíceis de digerir no momento para mim, e olha que quase nada me afeta ou incomoda.
Quanto a atuação de Brendan Fraser, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar 2023, achei fantástica sim, apenas como médico, sentia em alguns momentos que aquilo não era verdade.
Um paciente com insuficiência cardíaca congestiva não consegue nem conversar. Não tem força. é uma falta de ar gritante, e não era essa a imagem que viva no rosto dele.
Achei também que a voz não combinava com esse estadio da doença. Ou seja, muito bem representada a obesidade e não tão bem representada assim a sua comorbidade.
A tentativa de ter o perdão de sua filha e finalmente conseguir fazer uma coisa boa na vida antes de morrer, é o principal desejo de Charlie.
“Preciso saber se fiz uma coisa certa na minha vida!”Hong Chau com sua interpretação brilhante também foi indicada ao Oscar 2023 por atriz coadjuvante merecidamente.
No final, acho que é um filme que todos devem assistir...
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