Assisti ao filme " Castanha " de Davi Pretto, que participou da 64ª Berlinale e venceu o 36° Festival do Rio – Première Brasil Novos Rumos.
O filme que tem o subúrbio de POA como pano de fundo, mostra José Carlos Castanha, ator, 52 anos, que mora com a mãe Celina e atua como transformista em bares gays à noite para ganhar um troco a mais.
A cena inicial do filme poderia ser a última. Ela mostra Castanha todo ensanguentado, provavelmente vítima de algum ataque homofóbico.
De qualquer forma, é assim que ele me parece o filme todo: Fragilizado, tétrico, doente, quase morto.
Mesmo suas apresentações montados em um figurino de mulher não nos agrada. João Carlos é triste, sórdido, decadente.
O dia a dia do homem é marcado por problemas familiares: Um sobrinho viciado em crack que atormenta a família com chantagens e roubos.
João Carlos faz algumas pontas em peças, tem alguns colegas do meio artístico e só.
Quando tenta algo para alimentar o corpo, é de forma bem líquida.
Muito triste ter 52 anos e levar a vida ácida como Castanha leva. Não sei se é ficção ou documentário. Ou se há uma mistura dos dois.
De qualquer forma, gostei do filme, que está disponível na plataforma do MUBI e merece ser visto.
** Melhor Cena : Castanha em uma boate sentindo prazer
** Melhor Elemento : O seu corpo maltratado na primeira cena do filme.
Assisti o outro longa de Davi Pretto: Rifle.
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