Que graça assistir a esse filme italiano que está já faz um tempo na Netflix.
Eu assisti a algum filme que foi remetido a esse, e então decidi vê-lo e acertei.
Trata-se de " Lazzaro Felice " de Alice Rohrwacher, e que venceu o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Cannes em 2018.
O filme se passa provavelmente nos anos 80, em uma vila italiana pequena e isolada do mundo, chamada Inviolata.
Lá, moram umas 30- 40 pessoas que trabalham na terra, e produção do tabaco e sobrevivem como podem, aos mandos da Marquesa Alfonsina De Luna (Nicoletta Braschi), que é dona de todas essas terras e trata esse povo em um regime de escravidão.
Nessa comunidade, há um rapaz que faz de tudo, ajuda todo mundo, cuida da avó e os próprios moradores abusam de seus serviços pela sua ingenuidade e pureza.
É o Lazzaro (Adriano Tardiolo), que tem uma excelente atuação, e sua bondade e pureza não encontramos mais nos dias de hoje.
Sua vida muda quando a marquesa vem passar uns dias em sua casa e traz o seu filho Tancredi (Luca Chikovani). Esse é um chato que não quer ficar ali, mas com ressalvas aceita a presença de Lazzaro, inclusive com o tempo ficando no local preferido do morador da vila para fugir dos mandos de sua mãe.
Lazzaro se deixa envolver com essa amizade e faz de tudo para agradar ao jovem.
Há um problema certo dia e a polícia acaba por aparecer no local, reconhecendo que aquele povo não deveria estar ali sendo tratado daquela forma.
A vila desaparece do mapa. As pessoas vão para a cidade grande.
Lazzaro tem o seu segundo momento , sua segunda vida digamos assim , e quando percebe que tudo acabou por ali , vai para a cidade e encontra as pessoas que convivia todas mudadas e mais velhas.
Ele está a procura de Tancredi (Tommaso Ragno) e o encontra em uma outra situação.
Antônia (Agnes Graziani) que trabalhava para a marquesa em sua casa na vila, tem um encontro inesperado com Lazzaro, e ela (Alice Rohrwacher) o leva para sua " casa ".
Lazzaro fica impressionado com as mudanças, com a cidade grande e acaba por não se encontrar naquele ambiente.
Uma crítica social contundente ao trabalho de semi escravidão que ainda vemos em algumas cidades, com a pobreza e miséria que não difere de nada dessa escravidão referida, e do modo que as pessoas têm de ganhar a vida de maneira trapaceada, totalmente diferente do pensamento e sentimento de Lazzaro, que é um menino puro e sem maldades.
Gostei muito do filme, de suas parábolas, fábulas e desses apontamentos que podemos fazer ao final do mesmo.
Na Netflix.
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