Não conhecia Lorna Washington, a não ser por já ter visto um documentário em seu nome, que também não assisti.
Oba, era uma oportunidade para saber quem era. Lorna, cresceu no bairro de Copacabana, na garagem de um edifício, filho do porteiro com uma emprega doméstica, que segundo ela, quando chovia, ficava tudo alagado o lugar onde dormia, e sua mãe colocava os móveis em cima de tijolos para que não estragasse tudo.
Na escola, Lorna, era gordinho, tinha o cabelo black power, mas, tinha sues amigos na rua, que ao crescerem foram fazer intercambio nos EUA para aprenderem a língua.
Lorna, pobre de marré, foi ao ICBEU, e conseguiu uma bolsa de 100 % para estudar inglês, levando a careteira profissional do pai, provando que ganhava pouco.
Assim, como tinha muitos gringos nos prédios por ali, Lorna ficou sendo uma referência aos filhos desses magnatas pois sabia se comunicar em inglês, e com isso pegou uma prática muito boa o idioma.
Depois, foi para a natação na Gávea, também ganhando uma bolsa de 100%, aprendeu a nadar. O judô veio mais tarde, com um irmão, já vendo que o moleque tinha trejeitos femininos, achou que o esporte poderia tirá-lo desse caminho.
Os anos se passaram, Lorna falou para sua mãe sobre sua homossexualidade, começou a frequentar os clubes e boates bem cedo, pois tinha um cabelo grande e uma barba preta enorme, entrando em qualquer lugar.
Fala de vários points, das personalidades, de muitas histórias engraçadas, e de como começou a fazer shows na night.
Era conhecida como a "bicha do leque " e aos poucos tomava conta da cena carioca . Mas, logo tornou-se Lorna ( nome de uma amiga ) e Washington ( porque era de lá ).
Lorna conta do ativismo em várias pautas, falou do HIV do início dos anos 80 e como perdia amigos a cada semana, falou de prevenção que fazia em boates entregando camisinhas.
Lorna contou de dois problemas : Da tuberculose, que adquiriu sem ser fumante e sem ter HIV, o problema da época, e depois um problema no pé que lhe gerou uma osteomielite, complicando, e lhe rendendo mais 3 cirurgias.
Mesmo assim, Lorna se reergueu, continuou fazendo seus shows, mostrando sua personalidade.
A entrevista finaliza com muita inteligência da entrevistada, e ela cantando uma música da Elizeth Cardoso.
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