sexta-feira, 30 de abril de 2021

" Rodrigo Faour Entrevista Cida Moreira " Ou Simplesmente Fantástica !






 

Nossa que satisfação, que prazer, que aula de cultura, assistir aos 3  blocos de entrevista do Rodrigo Faour na casa de Cida Moreira.

Cida, começa a contar da sua infância, que desde pequena, filha de uma família de classe média alta de Paraguaçu Paulista, é colocada aos 6 anos para aprender a tocar piano e seu irmão a tocar acordeom.

Vai para o conservatório depois, cresce e muda-se para São Paulo, onde faz faculdade de Psicologia e assiste a vários espetáculos na época, sendo frequente nesse meio cultural de teatros, cinemas e livrarias.

Os pais liam muitos livros, e isso não foi diferente com Cida, que adorava romances, mas leu muito Érico Veríssimo.

Começou a se dedicar ao centro acadêmico da faculdade, e lá começou a cantar e ali encontraram uma cantora.

Era apaixonada por Janis Joplin e seu jeito de subir ao palco e arrebentar com tudo. Estava no time do Teatro do Ornitorrinco em São Paulo, cantando músicas do Brecht, seu outro autor preferido, quando foi convidada por Chico Buarque a se apresentar no Rio para o grupo que iria montar A Ópera do Malandro.

Muda-se para o Rio, faz de segunda e terça o Ornitorrinco, e de quarta a domingo a Ópera do Malandro. Nesse meio termo, fazia 2 matinês no final de semana com Os Saltimbancos, substituindo Miúcha, e correndo para fazer a Ópera e viajava no final da tarde de domingo para São Paulo, atendia no consultório segunda feira e tomava um voo retornando para o Rio para começar tudo de novo, durante um ano e meio.

Depois volta para São Paulo e com José Possi Neto, faz Summertime , seu grande espetáculo. Comenta as diferenças do cabaré brechtiano europeu e brasileiro, esse com maiores dificuldades, pobre, subestimado, marginal, periférico.

Cita a Vanguarda paulistana, quando começa a cantar no Teatro Lira em Sampa, e convive com monstros da música da época.

Grava Singapura de Eduardo Dusek e Surabaya Johnny, versão de Brecht e Nu com Minha Música de Caetano e Armando Eu Vou de Carlinhos Brown.

Dá uma pincelada da época que ficou triste, em que ela iria gravar Balada do Louco e 15 dias depois a gravadora do Rio iria fazer um estardalhaço grande pois Ney Matogrosso iria gravar essa música. Ela ficou muito triste.

Cida fez mais de 10 filmes, trabalhou na TV, fez novela com Sandy, turnês fora do país, falou de sempre ter o corpo fora do padrão de beleza, de política, de vida, de cultura, de música de todos os gêneros, de estar participando de duetos com cantores novos e muito mais.

É uma aula de música, de cultura, de histórias, que você fica louco de tão intenso.

Sou fã, quero ouvir tudo dela, quero ver vídeos, os filmes e todas as entrevistas que encontrar.

Valeu !

quinta-feira, 29 de abril de 2021

" Rodrigo Faour Entrevista Ciro Barcelos " OU Imperdível Aula de Arte/Cultura nos Anos 70.


 Descobri muito tarde o canal do Rodrigo Faour no youtube, e agora estou louco para poder aproveitar tudo e tem muita coisa.

Comecei com essa entrevista, dividida em 3 partes, com Ciro Barcelos, que fala de tudo , desde o final dos anos 60 até o começo dos anos 70.

Ciro conta a sua trajetória e a do Dzi Croquettes, aqui no Brasil e no exterior ( Portugal, França e Itália ).

Ciro começa a falar desde a sua adolescência em Porto Alegre, a ânsia pelo teatro, e a fuga para Curitiba para ser um dos integrantes do grupo de atores que fariam " Hair ".

De Curitiba, ele parte para o Rio, onde conhece Lennie Dale, o famoso bailarino, coreógrafo e ator americano que se encantou com O Brasil, e aqui ficou por causa do homem brasileiro, do Rio de Janeiro , seus homens e a maconha.

Ciro Barcelos bem jovem 19- 20 anos, acabou casando-se com Lennie, e foram morar juntos. Ficaram na casa de Betty Faria, que era vizinha de Leila Diniz, que foi para a Índia e nunca mais voltou...

Ciro frequentava o Solar da Fossa, onde os artistas se encontravam, como Gal Costa, Marco Nanini e todos os outros.

Mais tarde, teve também o Beco das Garrafas, e ali foi conhecendo todo mundo, fazendo uma grande roda de artistas em plena ditadura militar.

Nessa, eles começaram a ter aulas com Lennie, e paralelamente surgia um projeto com Wagner Ribeiro, que com um grupo que ele tinha, surgiu a ideia do Dzi Croquettes.

Lennie dale ficou louco com tudo isso e enciumado também, mas, conseguiu até ajuda com Miele para que o grupo se apresentasse no Rio em uma boate e foi um sucesso por 01 ano.

Depois, eles foram para São Paulo, e retornaram para o Rio, que após alguns problemas com a polícia, foram embora do Brasil , rumo à Europa .

Mesmo falando dos anos 70, de sexo, namorados e namoradas, amigos, maconha, teatro, Rio de Janeiro, viagens, a postura de Ciro Barcelos é muito ética, polida, falando desses complexos assuntos com muita leveza.

Destaque para a loucura que foi conhecer Liza Minnelli, Jeanne Moreau, Josephine Baker, e ter Mick Jagger e outros artistas famosos na primeira fila para assisti-los em Paris.

Há ainda uma terceira parte da entrevista que ainda não foi postada. Depois assisto e complemento a postagem .

Veio a terceira parte, e Ciro Barcelos com muita maestria e elegância continua a conversar sobre suas passagens ´mundo afora.

Contou que teve um caso com Rudolf Nureyev, que em uma sessão do Dzi Croquettes, o famoso artista Andy Warhol, os assistia em Paris.

Que casou-se com uma mulher por um tempo, onde teve uma filha . Teve suas passagens na Índia, onde deixou se levar pelo Hare Krishna, por uns três anos. 

Na Itália, ficou em Assis, para também ser devoto de São Francisco, em um retiro espiritual .

Falou também da vivência com o bailarino francês Maurice Bejart, que o convidou para fazer parte da companhia.

Ficou preso por 8 meses na prisão em Paris, por ter participado de um movimento estudantil nas ruas de Paris. Comentou como eram os banhos com os rapazes na prisão.

Fez um laboratório nas ruas, preparando-se para fazer um espetáculo doo Lennie Dale onde seria um prostituto.

E muito mais. Achei esse cara fantástico. Muito fino, educado, gentil, e com uma bagagem que não é pra qualquer um.


" Rodrigo Faour Entrevista Cézar Sepúlveda " OU A Vida Artística nos Anos 60e 70 no Rio

 




Muito interessante a entrevista de Rodrigo Faour com Cézar Sepúlveda, um carioca de Niterói, que aos 11 anos pegava a barca para o Rio e ai para a praça Mauá, ficava na porta da Rádio , queria entrar no show vespertino da Marlene, a aos poucos, fez amizades com o fã clube da cantora que o colocava para dentro do auditório.

Em certo momento, foi reconhecido pela própria cantora, que ela mesma o colocava para dentro, protegendo -o de certa forma.

Marlene sempre teve um carinho muito grande com os gays, surgindo depois uma grande amizade entre os dois .

Cézinha contou sobre suas idas à Cinelândia, onde junto com o menino Astolfo ( Rogéria), escolhiam qual filme iriam assistir naqueles lindos e grandes cinemas.

Fala de toda essa época, onde formou-se uma turma, que foi muito contestada, e a qualquer momento a polícia batia , e levava-os à delegacia. Ele mesmo foi três vezes !

Foi na Cinelândia e nessa turma que surgiram Rogéria, Valéria,Jane di Castro, Veruska, Marqueza, Brigitte de Búzios e outras, onde algumas delas tomaram o caminho da Europa e foram brilhar fora do País.

Cézinha foi o único a não se transformar em travesti. Trabalhou de pois como maquiador, historiador, memorialista. Teve um caso com um homem por mais de 20 anos. Conta como foi a decepção depois do término, o que a família do companheiro fez com ele, tirando tudo, ofendendo-o e tratando -o como um monte de merda.

Conta também dos bailes de carnaval, na Praça Tiradentes, dos travestis, de Eloiná, que foi a primeira rainha de bateria, em 76, de vários artistas internacionais que iam para o Rio e eram um escândalo nos bailes .

Fala também das musas dos gays, dos artistas internacionais da época, de como a censura e a ditadura os repreendiam na cidade, de ter conhecido as boates da época, da amizade com Marlene e Rogéria, do preconceito dentro da própria comunidade gay, e da efervescência que ocorria no Rio na década de 60 e 70.

Acredita que hoje tudo se acabou. Não existe mais esse glamour, essa festa, essa cena, e que os dias atuais são bem piores do que naquela época.

Com mais de 70 anos, o historiador carioca dá uma aula de história cultural carioca, com uma fluência e uma memória perfeita, de dar inveja a muito jovem de 20 anos .

Valeu a pena ter assistido a entrevista em 2 partes, e ter conhecido essa personalidade.

terça-feira, 27 de abril de 2021

" Avicii :True Stories " OU Uma Fantasia Pasoliana, Sem Pasolini


 Assisti ao documentário sobre o Dj Avicii chamado " Avicii :True Stories " com a direção de Levan Tsikuriishivilli.

Pensei que fosse contar do começo até o fim de sua vida, quando se suicidou aos 28 anos, em mascate, na capital de Omã.

Mas, o documentário mostra o início de Tim Bergling, quando adolescente ainda, que gostava de mexer com as músicas junto com seus amigos, e de repente, contatando um e outro poderoso de edição e promoção, conseguiu se lançar no mercado.

O doc passar um bom tempo contando essa parte, os produtores, de como ele iniciou na cena, seu primeiro show e depois a fama, passando a se apresentar loucamente no mundo inteiro.

Avicii era um menino tímido, que não gostava de conversar fiado, que era focado na música e suas invenções, não gostava de samplear e sim criar coisas suas e inéditas, mas, que se sentia cansado desde já dessa vida, de correr de um país ao outro, de sair do hotel ao local do show, do assédio, dos contratos, enfim, dessa louca e frenética vida de um artista.

Sempre reclamou disso. Começou a beber antes dos shows para se soltar um pouco mais e diminuir a ansiedade. Entrava facilmente em depressão por tudo isso. Não concordava com muitas coisas dos contratos, mas, sempre contestava de uma forma educada e tranquila. Não era agressivo.

Chega o sucesso com Levels, Wake Me Up e o mundo se rende ao DJ. Mas, ele mesmo não está feliz. Quer paz, descanso, praia, sossego. E está sempre sozinho. Não passa uma cena dele com uma mulher ou com alguém que lhe dê prazer, nem mesmo com seus pais.

No final, Avicii pede para cancelar praticamente todos os shows, terminando em Ibiza. Não sairia mais em turnê.

Ele tira férias de tudo, vai para lugares extremos de silêncio e paz. Quer se auto encontrar. Parece que não conseguiu.


segunda-feira, 26 de abril de 2021

" Era Uma Vez Um Sonho" OU Continue Reto, Sempre em Linha Reta e Vai com Deus ...














 

Então, o filme teve uma recepção muito negativa, e acabei assistindo no dia da premiação do Oscar, por causa da Glenn Close.

Falo de " Era Uma Vez Um Sonho", com a direção de Ron Howard, que mostra uma família totalmente disfuncional em uma pequena cidade no interior do EUA, onde os pais têm problemas, as filhas têm problemas, e os netos também .

Mamaw ( Glenn Close) mora sozinha, e passa a mão nas atitudes de beverly ( Amy Adams), que é uma viciada em drogas, e trabalha como enfermeira em um hospital. Ela acaba perdendo o emprego por causa de suas atitudes inconvenientes.

Beeverly não tem pulso com seu filho J.D ( Owen Asztalos), que fica perdido, não vai bem na escola, entra na bandidagem com colegas que não deveriam ser de seu círculo e só com a intervenção da avó é que as coisas melhoram. Além disso, Beverly não dá certo com homem algum, piorando a situação .

Papaw ( Bo Hopkins), mora em outra casa, e logo vem a falecer, deixando um vazio na família com sua perda.

Lindsay ( Haley Bennett), só pensa no seu namorado, em sair com ele, em morar com ele, não dando muita import|ância para as coisas que rolam na família.

Com o passar do tempo e com a ajuda de Mamaw, J. D , cresce (Gabriel Basso ), e entra para a Universidade de Yale, tornando-se um ótimo advogado.

J.D vira um homem de negócios, do meio, e quer através das entrevistas de emprego se estabelecer em um grande grupo.

Com a ajuda de sua namorada Usha ( Freida Pinto), ele vai longe. Mas, um telefonema de Lindsay, sua irmã, dizendo que sua mãe teve uma overdose e está no hospital, faz com que ele fique entre o trabalho e a família.

J.D, viaja 10 horas de carro e retorna à Middlelton para acudir a mãe.Ma,s as coisas não são simples assim. Ela não tem convênio, precisa sair do hospital e ir direto para uma clínica de recuperação e ele recebe um telefonema agendando uma entrevista no dia  seguinte pela manhã para o emprego de sua vida.

Pobre J.D, que torra seu cartão de crédito, corre para lá e para cá dando assistência à mãe, que ama, mesmo agindo daquela forma e ainda tendo que pensar em si mesmo e em sua namorada para continuar sua vida.

Destaque para a caracterização de Glenn Close, que a fez merecer a indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante .

O filme está na Netfliz, e não achei tão ruim assim não, como disseram os criíicos. Só achei muito triste a história. 

" Falling" OU E O Amor é Tão Longe !

 


Quer um filme para te cutucar, deixar nervoso com o personagem ? Assista " Falling", do diretor Viggo Mortensen.

O filme conta a história da família de Willis ( Suerrir Guonason), casado com Gwen ( Hannah Gross), que acabam de ter um filho, o pequeno John.

A gente vai percebendo que as atitudes de Willis são um pouco machistas, rudes, e o que se sucede é uma atrocidade grotesca com relação à sua mulher Gwen, que agora tem também a segunda filha Sarah, e sai de casa com os filhos.

O pai, teve momentos com o filho John, ensinando a caçar patos, e a andar à cavalo, mas, também teve seus estranhamentos e bestialidades, principalmente quando o garoto não correspondia às suas expectativas.

O filme vai para uma outra época, Willis ( Lance Henriksen), já é um senhor de muita idade, com problemas de saúde, e vai para a Califórnia na casa do filho John, que agora é casado com o enfermeiro Eric ( Terry Chen), e têm uma filha, que é do Eric. Uma família feliz, que se desfaz com a chegada do pai de John, um homofóbico, grosso, hostil, que se torna um incômodo na vida de todos que estão por perto, como a filha Sarah ( Laura Linney) e os filhos que vão à casa de John para encontrar o pai e avô.

Foi um desastre. Ele desabou a falar dos abusos, do seu machismo, a xingar a mãe dos seus filhos e os próprios filhos. Muito forte ouvir tudo o que esse homem desata a falar.

Até mesmo quando vai ao médico ( David Cronenberg), ele ofende o mesmo de todas as maneiras possíveis. 

A frase de impacto para mim, foi de que ele não entraria no ro para tomar um banho na Califórnia, pois poderia pegar AIDS.

Queria voltar para sua cidade, para sua casa .Cuidar de seus cavalos e abolir da companhia de um filho gay.

Triste, mas, que pode ser um bom retrato de várias famílias de pais que não aceitam os seus filhos homossexuais e proliferam da mesma maneira que Willis faz.

Valeu a pena assistir . Teve hora que ria de nervoso, com os ataques homofóbicos de Willis.

A atuação de Lance Henriksen é arrebatadora.

" Emma " OU Um Manjar dos Deuses no Quesito Figurino/Cabelo


Finalmente assisti a um filme que queria tê-lo visto antes, mas, foi somente há um dia do Oscar que pude conferir " Emma ", com a direção de Autymn de Wilde, adaptação do romance de mesmo nome de Jane Austen.

Filme de época, Inglaterra, cabelo, maquiagem, figurino, era isso que eu queria prestar atenção . E foi só nessa toada mesmo, porque o filme em si não chama muito a atenção . 

Outro ponto que me chamou a atenção foi a atuação de Anya Taylor Joy fazendo o papel de Emma, a mesma que fez a série  O Gambito da Rainha .

O filme, é aquela cena burguesa, onde há disputa de parceiros pelas moças, destaque para as mais ricas, e os mais ricos, um desfile de carruagens, de vestidos e penteados.

Emma (Anya Taylor Joy) mora com o pai Mr Woodhouse ( Bill Nighty), e tem a amiga Harriet ( Mia Goth), sua principal força, o seu braço direito.

Tenta um namorado para ela Mr Elton ( Josh O' Connor ), mas, não deu certo. Ele era apaixonado pela própria Emma.

Chega ao vilarejo Jane Fairfax ( Amber Anderson ), sobrinha de Miss Bates ( Miranda Hart) e junto com Frank Churchill ( Callum Turner), pairam dúvidas sobre um relacionamento anterior.

Mas, tentam empurrar Mr Churchill para Emma, que tem à espreita o jovem Knightley ( Johnny Flynn), que por várias vezes tenta se aproximar de Emma, mas, acaba não dando certo por vários motivos.



Harriet, acaba com outro pretendente. O Mr Elton, acaba casando com outra mulher de fora. Churchill vai embora também com sua amada, restando saber com quem Emma ficará .

Gosto da atuação de Anya Taylor Joy , gosto do figurino, do cabelo, e por isso valeu a pena ter assistido.



sexta-feira, 23 de abril de 2021

" Os Segredos de Madame Claude " OU A Profissão Mais Antiga do Mundo


 Ah, me perdoem os críticos, mas eu adoro esse tipo de filme. Eu me delicio com o tema, com os corpos e tudo o que está envolto nessa situação.

Falo do filme " Os Segredos de Madame Claude  ", com a direção de Sylvie Verheyde, que está no catálogo da Netflix, e que nos remete ao final dos anos 60, na Paris daquela época.

O filme baseia se em fatos reais na senhora Fernande Grudet ( Karole Rocher), uma influente empresária do ramo do sexo e outras cositas , que imperava na Paris dos anos 60 e 70.

Ela se sentia muito poderosa, tinha ligações com a máfia, com os criminosos, com a clandestinidade, com os poderosos, com os asiáticos, os famosos de Hollywood, com a polícia, detetives e com o alto escalão da política francesa.

Escolhia sua meninas a dedo, e foi com Sidonie ( Gerance Marillier), uma novata, que causa fortes impactos na vida e no futuro de Madame Claude.

Sidonie era diferente, tinha estirpe, personalidade, sabia já como proceder com os homens, gostava de mulheres, e ficou sendo a preferida entre todas as 200 meninas de madame Claude.

A trilha sonora me faz querer ter o CD do filme, de tanto que é bonita. Ah, essas canções francesas .

Adorava a casa das meninas, os clubes e bares noturnos, e imaginava como seria a Paris dos anos 60.

Desde o início , percebíamos que alguma coisa ia dar errado pelo fato de Madame Claude ter vários envolvimentos com a criminalidade, e claro, essa conta chega para ela pagar no final da vida.

Mesmo assim, ela tira de letra, diz que ama sua cabra e que a morte, ela pensaria no dia seguinte ...

Adorei !

" A Quarta Parede " OU Diretor, Qual é a Tua ?





 Pra falar a verdade, gostei muito do filme " A Quarta Parede ", do diretor Hudson Senna, que faz um cinema de uma peça de teatro : " Entre de Quatro Paredes " de Jean Paul Sartre.

O filme conta a trajetória de um grupo de atores, que estão prestes a entrar em uma peça com recursos da Lei Rouanet, e que tem a frente um diretor bem tosco, rígido, prepotente e autoritário.

Começo falando do teste do diretor, que causou constrangimento em todos, quando pede que tire a roupa, fale do número de seguidores no instagram e outras coisas mais .

Depois, vem a frustração daqueles que não conseguiram os papéis principais, as festinhas regrada a muita vodca, maconha, e papo de sexo entre eles.


Começam os ensaios, e as trocas, os processos, e as tretas entre eles também se iniciam, já que Théo ( Tutty Mendes), que ficou de fora, grava tudo em seu celular, qualquer momento entre eles, para tentar fazer algo diferente e chamar a atenção com uma edição de vídeo dos atores.

Theo sempre promete que isso não será visto por ninguém, que está protegido em seu celular, mas, pega as piores confissões dos amigos, assim como cenas e flagras bem íntimos que cada um deles nem pensa que isso poderia estar acontecendo.

Theo transita com o diretor( Jair Assumpção) e joga com o diretor mesmo não fazendo parte da peça .

Fatos acontecem, as coisas ficam estranhas, e porque não, tétricas. Vale a pena tudo isso por um papel em uma peça de teatro ?

Gostei da pintura dos corpos para a apresentação, gostei da mistura de cores, são muitos símbolos que surgem em minha cabeça. gosto disso.

Chamo a atenção para a trilha sonora, que também foi bem escolhida e de bom gosto. No elenco:  Adriana Prado, Dagoberto Feliz, Lucila Miranda Araújo, Bruna Massarelli, João Barletta, Jota Barletta Nicolas, Breno Pedroza, e Stella Abreu .

Assistam ! Valeu a pena !

PS : Ah, tem a delegada do caso também ...

quinta-feira, 22 de abril de 2021

" Fuja " OU Recortes malditos /Algemas do Ódio/Filme da Netflix

 



Assisti ao tão comentado e visto filme " Fuja ", da Netflix, com a direção de Aneesh Chaganty.



O filme começa mostrando o parto de Diane Sherman ( Sarah Paulson) e tendo um RN bem prematuro e com poucas chances de vida.

Mas, a cena seguinte é a filha Chloe ( Kiera Allen), já adolescente, em uma cadeira de rodas, estudando, comendo, muito ativa, fazendo seus projetos de sobrevivência, arrumando isso e aquilo e esperando ser chamada por uma Universidade.

Isso é o que ela queria, pois sua mãe, parece que quer que ela seja dependente o resto da vida, e nunca saia de seu lado.

O filme segue na toada de descoberta de Chloe com tudo o que pode estar acontecendo com ela, os segredos da mãe, os medicamentos que usa, enfim, um horror dentro de casa.

Acho que como entretenimento vale a pena assistir.

" Dente Por Dente " OU Limpe Todo o Sangue Antes Que Manche o Carpete.


Assisti ao filme " Dente por Dente " dos diretores Júlio Taubkin e Pedro Arantes, que tem como protagonista Juliano Cazarré no papel de Ademar.

Ademar é sócio em uma empresa de segurança, e seu parça Teixeira ( Paulo Tiefenthaler) está sumido há uns dias. Valadares ( Aderbal Freire Filho) pede que ele o encontre rapidamente.

Ademar e Teixeira estão à frente do serviço  de uma grande construtora, mas, parece que algo externo não deixa o negócio ir pra frente .

Os sonhos de Ademar, a realidade encontrada, e a luta por saber de tudo que rola no setor imobiliário, deixam o rapaz atordoado, e precisando de ajuda, como por exemplo da mulher de Teixeira, Joana ( Paolla Oliveira ).

Não fica muito evidenciada a crítica social a que o filme faz menção, e a ligação de Teixeira com fatos escusos, é o fio da meada.

Renata Sorrah aparece em uma cena curtíssima, para como diz um autor, somente colocar a foto no cartaz do filme.

That's All !