O objetivo desse blog é poder compartilhar o que foi visto em espetáculos e shows , os filmes assistidos , os lugares visitados , cidades, Países , além da vida noturna e muita música ilustrando tudo isso .
quinta-feira, 3 de maio de 2018
"Deserto" OU Teatro na Poeira
Adorei o filme " Deserto" do diretor Guilherme Weber, adaptado do livro Santa Maria do Circo de David Toscana.
O filme foi todo ambientado no sertão brasileiro, com muita poeira e secura , onde uma trupe de artistas mambembe chega a uma cidade fantasma,, desabitada, sem nenhuma pessoa a fim de fazer um espetáculo.
Chegam cansados, exaustos, com muito calor, sede, fome e sedentos por fazerem um espetáculo.
Mas, e aí?
Uma fonte com água límpida é encontrada por um membro da trupe, e todos vão beber e se lavar com essa benção.
Um assento com uma pedra diferente e fresca é adorada pelo personagem de Márcio Rosário.
Lima Duarte é o mais resistente, pois todos querem se estabelecer na cidade, mas, ele , não , quer seguir viagem para uma outra cidade.
"As pessoas não querem mais poemas, querem estribilho." Diz o personagem de Lima Duarte.
A música do personagem de Cida Moreira é outro momento épico, que te prende em cena.
A personagem careca e com a cara pintada de branco também é mais uma das bizarrices da trupe ,assim como o anão.
Tem ainda uma menina e mais dois ou três senhores ranzinzas e complicados .
A trupe então tem Lima Duarte, Magali Biff, Everaldo Pontes, Cida Moreira, Fernando Teixeira, Márcio Rosário, Claudio Castro e Pietra Pan.
A fotografia é belíssima, as intervenções ( quase teatrais) também .
Quando resolvem permanecerem na cidade, eles resolvem ser outras pessoas, que através de um sorteio , mudariam suas características.
Então, um padre, uma prostituta, uma cozinheira, um militar, uma caçadora, um negro começariam a sociedade local e a organização de uma nova cidade.
O que vocês acham que aconteceu ? As pessoas aceitaram seus novos papéis ? Como agiram ?
Quais são as regras, como é o começo e o nascimento de uma comunidade, cidade ou país ?
O diretor não poupa a crueldade e nem cenas mais grotescas , tirando um pouco a poesia e a beleza do local.
Gostei muito !
Valeu a pena !
Eu recomendo !
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