sábado, 2 de dezembro de 2017

"O Círculo" OU A Liberdade Sexual em Zurich



Assisti ao filme " O Círculo" do diretor Stefen Haupt, que foi bem aclamado em festivais internacionais, e com um tom de documentário e longa tentou ser escolhido para o Oscar.

O filme fala da Zurich dos anos 40 e 50, no pós guerra e o gueto existente na cidade suiça, que não condena o homossexualismo, diferente da Alemanha.


Assim, esses homens estavam todos ali, e quem não morava lá, dizem tinha um vôo da Lufthansa na sexta feira que desembarcava em Zurich e retornava no domingo.

Nesse ínterim, um ex-ator, fundou uma revista secreta, digamos assim, voltada ao público gay dos mais variados assuntos, que era chamada de " O Círculo" - Der Kreis .


A revista contava com mais de 1000 assinantes e tinha sua distribuição bem discreta pelos correios , que até atravessava a fronteira da Alemanha através de um mensageiro.


O Círculo além da revista, tinha um baile de gala anual que era o evento mais esperado por todos, com shows musicais e todo mundo muito bem arrumado. Fora isso , as pessoas se encontravam nos cafés e bares denominados mais para o público.

O professor de uma escola para meninas Ernst Ostertag ( Matthias Hungerbuhler), começou a frequentar esse clube , e através de amigos como Felix ( Anatole Taubman) fez parte da diretoria executiva .

Lá, logo que chegou conheceu a drag queen  Robi Rapp ( Sven Schelker) e ficou perdidamente apaixonado, o que fez com que os dois se tornassem namorados prontamente.


Robi o levou bem cedo à casa de sua mãe (Marianne Sagebrecht) para apresentá-lo, e que o recebeu muito bem , mas, o contrário não aconteceu tão cedo, pois a família de Ernst nunca aceitou o homossexualismo e Ernst, somente falou a todos os familiares e amigos em sua cidade, aos 70 anos,quando já morrera sua mãe e o seu pai.

As coisas começaram a se complicarem para " O Círculo" quando mortes relacionadas á homossexuais começaram a acontecer em Zurich e a polícia teve que intervir.


Depois da terceira ou quarta morte, proibiu a revista de ser veiculada e também o baile anual, fazendo uma limpa e pegando a ficha de todos que faziam parte deste círculo.

Tempos ruins e difíceis passaram essa gente , o que se pode dizer que aconteceu em toda parte do mundo  e ainda acontece.

Destaque para o casal Ernst e Robi que foram o primeiro casal de pessoas do mesmo sexo a se casarem na Suiça e até hoje vivem juntos.


Valeu a pena !

Eu recomendo !

Nenhum comentário:

Postar um comentário