segunda-feira, 25 de julho de 2016

"Rainhas do Orinoco" OU Gabriel Villela + Walderez de Barros



A mais esperada peça do mês finalmente chegou ao Theatro Pedro II, em Ribeirão Preto .



"Rainhas do Orinoco " do diretor Gabriel Villela , com adaptação do texto " Orinoco " do mexicano Emílio Carballido , traz um colorido latino misturando as cores de Perú, Bolívia , Colômbia , Venezuela e México para os palcos brasileiros.



E a história começa a bordo do Stela Maris que viaja desde águas mexicanas , panamenhas em direção agora ao Orinoco , na Venezuela.


A bordo do Stela Maris, duas artistas de cabaré , que fazem apresentações com seus figurinos bem coloridos , típicos , cantando e dançando para o público presente .



Juntando -se a elas um cancioneiro , toca acordeom e piano para acompanha-las em canções populares .



Gabriel Villela coloca sua marca no cenário , que lembra mesmo um mar , o barco , o céu , no figurino dos personagens , simplesmente perfeito , colorido , rebuscado , cheio de detalhes da cabeça aos pés  e também nas canções , que escolheu a dedo , para representar o cancioneiro popular . Coisas do melhor diretor de teatro do Brasil !



A história , baseia-se então na travessia das personagens Fifi ( Luciana Carnieli) e Mimi ( Walderez de Barros ) mais o tocador Dagoberto Feliz , a bordo do Stela Maris em águas latinas em direção ao Orinoco.


É que Mimi fez um contrato de trabalho em uma casa num acampamento petrolífero na Venezuela .


Mas, esse lugar ( Chamado Papa Pio XII ) não é bem uma casa de shows e sim um PUTEIRO !


E a peça tem tons engraçadíssimos quando Fifi descobre que ao invés de esperar mulheres dançarinas e cantoras , tipo vedetes, o que realmente o povo espera: PUTAS .



Com cantorias das duas moçoiras do barco , diálogos engraçados , o público também viaja a bordo do Stela Maris.



No final, quase na chegada, em virtude de um contratempo no barco , como a perda do comandante, e estando à deriva , o simbolismo do fim da vida chega para as duas mulheres.


Excelente atuação de Walderez de Barros , que por sinal é da terra ( Ribeirão Preto ) , destaque para suas caras e bocas e sua voz que continua potentíssima, e  com excelente dicção .
Para quem gosta de simbolismos , de pensar e imaginar um pouco e porque não de viajar , a peça é perfeita !


Assistir peça de Gabriel Villela é sempre presságio de ver coisas boas, e não foi diferente com " Rainhas do Orinoco ".


Valeu a pena !


Eu recomendo !

"Rainhas do Orinoco" - Theatro Pedro II


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