Que bom assistir a um filme cheio de nuances , colorido , dinâmico e explicativo como FRIDA de Julie Taymor.
O filme começa no período de colégio de Frida ( Salma Hayek) que com seus colegas presenciam uma cena de sexo do pintor Diego Rivera ( Alfred Molina ) com sua musa inspiradora .
É que Diego estava pintando o corpo nu da senhorita , mas, ele ,como um homem que gosta mesmo de suas modelos ,acabou por ter uma cena mais calorosa .
Além dos alunos do colégio , incluindo Frida, a sua mulher também o flagra com a modelo .
Essa é a fama de Diego Rivera, pintor mexicano renomado, que pinta painéis , abóbodas , paredes e tudo mais com um grande estilo e personalidade , sendo contratado sempre pelo alto escalão da política mexicana .
Frida que nessa época de colégio, já fazia sexo também , ao voltar para casa num certo dia de ônibus, tem um acidente grave e fica toda desmantelada , com fraturas múltiplas e também uma perfuração que transfigurava desde o dorso até sua vagina .
Aliás, a cena é muito forte , mas, uma das melhores que vi em termos cinematográficos .
Passando semanas no hospital e acordando um bom tempo depois, Frida que corria o risco de nunca mais andar , vai para casa toda engessada , imóvel .
E esse processo dura uns bons dias , aonde Frida então pela posição retorna a sua pintura .
Agora até com mais afinco , pois o dinheiro gasto com ela pelas cirurgias , deixaram a família no sufoco financeiro.
Frida fica de pé , e começa com seus primeiros passos , usa bengala e vai à luta tentando viver do que pinta .
Pega dois de seus quadros e vai à procura de Diego Rivera para uma opinião mais profissional .
Não é que o pançudo , como ela o chamava no colégio gostou e aprovou suas pinturas, dando o aval para que ela continuasse .
A amizade entre os dois cresce, Diego a apresenta para o rol de músicos, artistas, pintores e a alta Society Mexicana .
Eles prometem só amizade um ao outro, mas, ao mesmo tempo um pula nos braços do outro e a relação se torna carnal .
Pronto, Diego termina seu casamento e parte para outra mulher : a terceira , o que assusta a família de Frida , que mesmo assim aceita se casar com o pintor mexicano uns 20 anos mais velho que ela .
Diego diz desde o começo que não prometia fidelidade e Frida pedia apenas lealdade .
E assim , começa mais um caso de amor , Diego é convidado para pintar nos EUA e Frida o acompanha , mas, logo seus anseios e idealismo político não convencem os americanos que cancelam o contrato e dispensam Diego .
Diego é comunista , tem acesso ao partido , tem conexão com o socialismo russo e todos os companheiros.
A relação do casal estremece e Frida se separa de Diego depois de pegá-lo com a própria irmã .
Diego pede à Frida que receba em sua casa Trotsky( Geoffrey Rush), político e idealista russo que está sendo perseguido em seu país .
Frida aceita o pedido por seus ideais , e recebe o casal em sua casa .
O interesse por Trotsky e seus ideais acende em Frida algo diferente , que também é correspondido pelo russo . Os dois têm um caso .
Após a saída de cena de Trotsky , a saúde de Frida volta a deteriorar-se , deixando a pintora quase imóvel .
Isso coincide justamente com a ascensão de Frida como pintora no mercado das artes .
Frida até no dia de sua exposição dá sinais de luta e coragem , indo na cama para o local onde acontecia o evento .
Poderia ficar descrevendo aqui por linhas e linhas tudo o que acontece no filme , seus personagens , hábitos , enfim ...
Destaque também para as participações de Antonio Banderas , Ashley Judd e Edward Norton .
Ah ...e os mexicanos, como bebem ??? Em festas, em casa , estão sempre bebendo e dançando ...
Teria Frida uma sexualidade exacerbada pelo fato de que desde o colégio já se embrenhava com os garotos , depois na adolescência e maioridade , até a facilidade com que beijava e tocava também outra mulher ?
Mas, isso não importa ...
Que venham mais Fridas para nos encantar com todo o seu talento e sua garra na arte de viver .
Valeu a pena !
Eu recomendo !
"FRIDA" - Julie Taymor
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