terça-feira, 13 de outubro de 2015

"Frida" OU Uma Mulher de Carne e Ossos



Que bom assistir a um filme cheio de nuances , colorido , dinâmico e explicativo como FRIDA de Julie Taymor.


O filme começa no período de colégio de Frida ( Salma Hayek) que com seus colegas presenciam uma cena de sexo do pintor Diego Rivera ( Alfred Molina ) com sua musa inspiradora .


É que Diego estava pintando o corpo nu da senhorita , mas, ele ,como um homem que gosta mesmo de suas modelos ,acabou por ter uma cena mais calorosa .

Além dos alunos do colégio , incluindo Frida, a sua mulher também o flagra com a modelo .

Essa é a fama de Diego Rivera, pintor mexicano renomado, que pinta painéis , abóbodas , paredes  e tudo mais com um grande estilo e personalidade , sendo contratado sempre pelo alto escalão da política mexicana .


Frida que nessa época de colégio, já fazia sexo também , ao voltar para casa num certo dia de ônibus, tem um acidente grave e fica toda desmantelada , com fraturas múltiplas e também uma perfuração que transfigurava desde o dorso até sua vagina .

Aliás, a cena é muito forte , mas, uma das melhores que vi em termos cinematográficos .

Passando semanas no hospital e acordando um bom tempo depois, Frida que corria o risco de  nunca mais andar , vai para casa toda engessada , imóvel .


E esse processo dura uns bons dias , aonde Frida então pela posição retorna a sua pintura .

Agora até com mais afinco , pois o dinheiro gasto com ela pelas cirurgias , deixaram a família no sufoco financeiro.

Frida fica de pé , e começa com seus primeiros passos , usa bengala e vai à luta tentando viver do que pinta .


Pega dois de seus quadros e vai à procura de Diego Rivera para uma opinião mais profissional .

Não é que o pançudo , como ela o chamava no colégio gostou e aprovou suas pinturas,  dando o aval para que ela continuasse .

A amizade entre os dois cresce, Diego a apresenta para o rol de músicos, artistas, pintores e a alta Society Mexicana .


Eles prometem só amizade um ao outro, mas, ao mesmo tempo um pula nos braços do outro e a relação se torna carnal .

Pronto, Diego termina seu casamento e parte para outra mulher : a terceira , o que assusta a família de Frida , que mesmo assim aceita se casar com o pintor mexicano uns 20 anos mais velho que ela .

Diego diz desde o começo que não prometia fidelidade e Frida pedia apenas lealdade .

E assim , começa mais um caso de amor , Diego é convidado para pintar nos EUA e Frida o acompanha , mas, logo seus anseios e idealismo político não convencem os americanos que cancelam o contrato e dispensam Diego .


Diego é comunista , tem acesso ao partido , tem conexão com o socialismo russo e todos os companheiros.

A relação do casal estremece e Frida se separa de Diego depois de pegá-lo com a própria irmã .

Diego pede à Frida que receba em sua casa Trotsky( Geoffrey Rush), político e idealista russo que está sendo perseguido em seu país .


Frida aceita o pedido por seus ideais , e recebe o casal em sua casa .

O interesse por Trotsky e seus ideais acende em Frida algo diferente , que também é correspondido pelo russo . Os dois têm um caso .

Após a saída de cena de Trotsky , a saúde de Frida volta a deteriorar-se , deixando a pintora quase imóvel .

Isso coincide justamente com a ascensão de Frida como pintora no mercado das artes .


Frida até no dia de sua exposição dá sinais de luta e coragem , indo na cama  para o local onde acontecia o evento .

Poderia ficar descrevendo aqui por linhas e linhas tudo o que acontece no filme , seus personagens , hábitos , enfim ...

Destaque também para as participações de Antonio Banderas , Ashley Judd e Edward Norton .

Ah ...e os mexicanos, como bebem ??? Em festas, em casa , estão sempre bebendo e dançando ...

Teria Frida uma sexualidade exacerbada pelo fato de que desde o colégio já se embrenhava com os garotos , depois na adolescência e maioridade , até a facilidade com que beijava e tocava também outra mulher ?


Mas, isso não importa ...

Que venham mais Fridas para nos encantar com todo o seu talento e sua garra na arte de viver .

Valeu a pena !

Eu recomendo !

"FRIDA" - Julie Taymor


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