O objetivo desse blog é poder compartilhar o que foi visto em espetáculos e shows , os filmes assistidos , os lugares visitados , cidades, Países , além da vida noturna e muita música ilustrando tudo isso .
Peguei um de meus vários filmes da estante, acho até que dessa vez vou poder fazer mais isso , já que não estou acompanhando nada na TV à noite .
Dessa vez, o escolhido foi " Na Companhia de Homens " de Neil Labute , o seu primeiro longa .
A história é simples , porém com uma ausência de sentimentos enorme por falta dos homens .
Os dois executivos e amigos de escola Chad ( Aaron Eckhart) e Howard ( Matt Malloy) terão algumas semanas de treinamento ou trabalho em uma outra cidade , outro escritório , da empresa onde eles trabalham .
O clima é tenso, conversam sobre trapaceios de amigos no trabalho , o estresse do dia a dia , enfim ...
Desde o aeroporto Chad conversa com Howard arquitetando um plano para descontar as mágoas sofridas por eles por suas ex-namoradas , que os deixaram , sem eira , nem beira , inclusive a de Howard o atingiu na face deixando uma marca .
Chad quer que os dois conheçam uma garota e a faça acreditar que estão apaixonados e na hora H , eles desmentem a farsa e falam que é uma brincadeira , isso só para ela ficar arrasada e ter seus sentimentos reduzidos ao chão.
Chegando ao novo escritório Chad já dá mostras de arrogância e poder com outros funcionários , numa cena degradante de submissão.
Ele conhece Christine ( Stacy Edwards) ,uma secretária surda , e é essa mesma que será o alvo dos dois .
Começam com encontros , saídas para jantar , e as coisas vão crescendo , tomando forma , até que ...
Bom , todo mundo já sabe o que acontecerá , mas, deixo para assistirem , mas, lembro , que o tempo todo verão um bom exemplo de misoginia e isso incomoda não só as mulheres , mas, todos com um pouquinho de sentimento e dignidade.
O filme é isso , mas, o final é bem interessante , deixando bem claro a intenção do autor .
O filme de Radu Mihaileanu, começa com um ensaio de uma orquestra no Teatro Bolshoi , na Russia , e é interrompido pelo toque do celular do faxineiro , ex maestro Andrei Filipov ( Alexei Guskov) , que é advertido pelo dono do Bolshoi .
Andrei Filipov foi um exímio maestro no teatro e foi despedido por não querer separar os músicos judeus em sua orquestra . Teve o seu concerto interrompido no meio pelo diretor do Bolshoi na época , exatamente por causa da ferrenha política da época, do totalitarismo , do semitismo , e todas as outras nojeiras que assolaram o mundo , incluindo a perseguição aos judeus .
Para continuar a frequentar o teatro, Filipov se dispõe a trabalhar como faxineiro , e numa noite, limpando a diretoria , vê um fax chegar e percebe que é um convite inesperado do Châtelet Theater de Paris para que o Bolshoi substitua de urgência uma orquestra de Los Angeles que não poderá se apresentar .
Filipov intercepta o fax e tem a ideia de montar novamente sua orquestra e tocar Tchaikovski , realizar o seu sonho de reger o concerto até o seu final .
Fala com seu melhor amigo Sacha (Dmitri Nazarov) , que acha uma loucura sua ideia , procuram Ivan Gavrilov (Valeri Barinov), um antigo empresário , que por sinal , não foi legal com eles na época, mas, mesmo assim , ele foi o escolhido para entrar em contato com Paris e fechar o concerto .
Gavrilov fez todas as exigências , hotel, restaurante , ensaios , cachê dos músicos , só não conseguiu as passagens aéreas , que acabara dando um jeito com um milionário russo , em troca de outros favores .
E para constituir a orquestra? NOSSA , que trabalheira, porque os amigos de Filipov eram todos descolados, atrapalhados , inusitados , mas, apenas com uma sutil diferença : Tocavam como deuses , eram exímios músicos e isso era o que importava para Filipov.
Chegam em Paris, uma zona no aeroporto com os passaportes ( arranjados ) , uma outra zona na chegada ao hotel e logo uma bagunça com esses russos pelas ruas de Paris .
O engraçado , é que cada um foi atrás do seu ganha pão , do seu negócio , para ganhar um pouco de dinheiro ( que eles não ganhavam na Rússia ) . Muito boa essa parte .
Gavrilov fica louco com essa desordem russa e os franceses organizadores do evento , mais ainda .
Filipov exige que a solista seja Anne Marie Jacquet ( Melanie Laurent) , e a escolha não é por acaso .
Anne é fruto de um casal de judeus perseguido na época deFilipov .
Todos estavam preocupados com o concerto, pois temiam que os músicos não aparecessem para aparesentação .
O Châtelet Theater estava lotado , sucesso de público e vendas .
E chega a tão esperada noite ...
A música é estonteante , vale a pena só por isso !
Os últimos 20 minutos do filme é de matar qualquer amante da música clássica de tão belo !
O Concerto para violino em Ré Opus 35 de Tchaikovski é realmente muito bonito , e mesmo para mim, um simples observador , fez com que eu tivesse a sensibilidade de me deliciar com a execução .
Finalizando , o filme mesmo com assuntos densos e políticos , não deixa de ser uma comédia .
Bonito projeto esse apoiado e financiado pelo BNDES e pela CAIXA para ler a música erudita ao conhecimento e alcance de todos .
Assim, essa foi a vez da cidade de Ribeirão Preto receber o renomado pianista e camerista Miguel Proença , gaúcho , com vasta discografia e experiência no meio internacional , passando por vários países e o autor da trilha sonora do filme Villa-Lobos Uma Vida de Paixão .
Nesse espetáculo em Ribeirão Preto, no Theatro Pedro II , Miguel Proença tem como programa :
Mesmo com os ingressos populares, o público não compareceu , o que nos deixa triste, por acabar perdendo um espetáculo de qualidade e de conhecimento musical tão grande quanto esse .
Esperamos que continuem com projetos como esse, e que o povo brasileiro tenha mais acesso e conhecimento à musica erudita .
Parabéns aos organizadores e também ao excelente Miguel Proença .
Assisti ao ótimo show de Ben Portsmouth, no Teatro PedroII, um britânico que foi coroado como o melhor tributo a Elvis na America .
O espetáculo é muito bom, com uma qualidade técnica admirável e o cantor britânico além de cantar muito bem , e sua voz se parecer com a de Elvis , é muito carismático e sensual, o que levou as mulheres à loucura por um pedaço de seda azul ou rosa e um ursinho branco que ele distribuia à revelia para as fãs .
O figurino era impecável, muito bonito e com os acessórios usados pelo cantor na época .
Isso sem contar com a excelente banda ( The Taking Care Elvis Band ) que deu um show à parte .
Destaque também para as duas back vocals que também fizeram um solo cada uma , cantando canções belíssima como Amazing Grace.
O público era muito bom , e tinha claro os aficcionados por Elvis, indo desde a caracterização completa como também com camisetas com a foto do cantor.
Músicas como Always on My Mind , Suspicious Minds , Unchained Melody , Love me Tender , Bridge Over Troubled Water , Amazing Grace foram executadas, além de muitas outras que meu simples conhecimento musical sobre o cantor não conseguiu identificá-las .
Valeu muito , um show de altíssima qualidade que deve ser apreciado em qualquer lugar .
O tão falado filme de Anna Muylaert ," Que Horas Ela Volta?" realmente é muito bom !
Estava ansioso por assisti-lo e ver se era tudo o que estavam comentando, com inclusive a indicação do filme brasileiro a tentar a disputa ao Oscar de 2016.
O filme passa basicamente na casa de Dona Bárbara ( Karine Teles) ,uma dona de classe média , que vive no Morumbi , em São Paulo.
Bárbara é casada com Dr Carlos (Lourenço Mutarelli) e têm como filho Fabinho ( Michel Joelsas ).
Na casa , vários empregados , mas, Val ( Regina Casé) é a mais velha de casa, inclusive ajudou a criar Fabinho e já é quase da família.
Val, faz parte dos nordestinos que saem do seu estado e vêm tentar a vida em São Paulo, largando família, casa e tudo em seu estado .
Val por exemplo, deixou a filha Jéssica ( Camila Márdila) e veio pra capital . Um caso meio complicado , marido separado , amiga para criar a filha , dinheiro indo para pernambuco para essa ajuda , enfim, aquelas coisas ...
Val é muito amorosa com fabinho , que sempre antes de dormir, vai à sua cama para que ela converse com ele . Eles se adoram ...
Bárbara é daquelas dondocas , mas, não chega a ser perversa não .
Dr.Carlos , não entendi a dele , não sei se é aposentado, se estava com depressão , enfim, acordava tarde , queria comida na mesa e era só ... ah , só sei que o dinheiro era por parte dele .
Num certo dia , Val recebeu um telefonema de sua filha Jéssica , que não a vê faz 10 anos .
Val fica surpresa com a ligação e mais ainda com o assunto, pois Jéssica diz que vem a São Paulo para prestar vestibular .
Val pede aos patrões que a menina fique alguns dias até ela arrumar um cantinho para as duas .
Jéssica chega, Val vai buscá-la no aeroporto e segue de ônibus até o morumbi com a garota .
Jéssica vai prestar vestibular para arquitetura e quando chega na casa de D Bárbara, não se conforma que a mãe more num cubículo daqueles , aliás, achava que a mãe tivesse sua própria casa .
Jéssica foi apresentada para os patrões da mãe e ao Fabinho e D. Carlos mostra toda a casa para ela , quando ao apresentar o quarto de hóspedes, a menina questiona : -Mas, ninguém dorme aqui ? Dr Carlos pergunta se ela quer ficar ali, e a menina diz que sim . Val fica inconformada com o jeito da sua filha .
D Bárbara aceita , mas, fica ressabiada . Jéssica diz que os patrões são da mãe e não dela .
E aos poucos vamos conhecendo uma menina que de simples não tem nada, muito pelo contrário , tem muitos conhecimkentos já de arquitetura , sabe falar sobre projetos , plantas de casas e de arquitetura em geral .
Dr Carlos fica encantado com os conhecimentos da adolescente .
Com o tempo, a presença de Jéssica vai incomodando D Bárbara na casa , pois até na piscina a garota se meteu dias desses , fazendo com que a patroa mandasse esvaziar a mesma inteirinha . Não queria se misturar .
Empregados de um lado , patrões de outro ...
Sorvete bom para os patrões , sorvete normal para os empregados . Jéssica não aceita essa divisão e contraria a mãe em tudo .
Dr Carlos a leva até para conhecer a sua futura faculdade , de tão interessado que está na menina .
Mostra até seu ateliê , presenteando-a com uma tela .
O vestibular finalmente chega , mudanças vão acontecer na vida de Jéssica e Val , assim como na dos patrões .
Mais revelações por parte de Jéssica , também mudam o destino de Val no contexto .
A diretora nos mostra como é essa luta de classes , como é essa história de nós X ELES e como as pessoas nos dias de hoje tantam mudar esse caminho de subserviência .
Muito interessante, sacadas ótimas , excelente atuação de Regina Casé , que com seu sotaque e jeitinho nordestino conquistam o público .
Vale muito a pena assistir ao filme de Anna Muylaert e quem sabe não nos dará frutos maiores , como concorrer ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro .
Acho muito , mas, não nos custa torcer , pois o filme é bom !
Sem querer vi um curta metragem com Maurício Destri , bem mais novo que agora na Novela I Love Paraisópolis , mas, já atuando bem , com seu estilo todo próprio de olhar fixamente com quem está falando .
Achei bem legal e já mostrava que seria sim um bom ator futuramente .
O curta conta a história de 3 adolescentes, colegiais , onde Célio ( Mauricio destri ) e Sofia ( Marcella Arnulf) são namorados e Dário ( Henrique Larré) é um estudante que ficou um tempo fora do colégio e retornou .
Sem querer, Dário chama a atenção de Célio, que passa escvutar a mesma música que o colega e quer ler os mesmos livros .
É um vai e vem de umas 5 vezes na biblioteca da escola , para pegar e devolver os livros que os dois acabam lendo .
Célio quer ler os livros que Dário le, para tentar descobrir o que o colega gosta, suas convicções , enfim, mas, parece que gosta e esse sentimento passa além dos livros .
Sofia fica desconfiada e até interpela Dário sobre o assunto .
O curta é bem discreto , somente deixando as intenções para que o espectador viage e pense o que quer que seja .
Valeu ter visto a interpretação de Maurício Destri em um curta antes de ser famoso .
Parabéns ao diretor do curta, o pernambucano Diego Carvalho Sá que ganhou vários prêmios com o mesmo .