sábado, 29 de janeiro de 2011

" Um Peixe com um Sorriso " ou "O Homem nunca encontrará sua plenitude apenas em si mesmo."

"O Sorriso do Peixinho" , de C. Jay Shih, Alan I. Tuan e Poliang Lin, com música de Chien-ci é um curta de Taiwan baseado em uma história infantil sobre um peixinho sorridente e um senhor solitário, de Jimmy Liao.
Ganhador do Urso de Ouro do Festival de Berlim 2007.  Um solitário homem passa todos os dias por uma loja que vende peixinhos num grande aquário/exposição e acaba sendo fisgado emocionalmente por um pequeno peixe. Compra-o e essa companhia o liberta, levando-o as suas reminiscências de infante.
Certa noite é acordado por uma estranha luminosidade e móveis a voarem pelo quarto. Destacando-se estava o aquário fosforescentemente verde que o guia pelas ruas da cidade noturna e sonolenta. Acaba num parque, quiçá, o mesmo de sua infância das suas traquinagens pueris e como em todo sonho que se preze, as cenas avançam rapidamente e já se encontra frente ao mar. O peixinho, lá, a sua espera o conduz ao reino abissal. Depois, ele, se vê nadando entre cardumes dos mais coloridos matizes. Nada, nada e derepente o oceano é "finito". Descobre-se dentro do aquário do seu Netuninho. Lá fora, toda a fauna marinha o observa, impassível. Era um pesadelo. Senta-se em frente ao seu amiguinho aquático e divagando longamente resolve devolvê-lo ao seu habitat. Acontece então uma maravilhosa, mágica e encantadora relação de amor entre os dois.
O dia amanhece e a alma do homem liberta, comemora espraiados horizontes.


“A Fish with a smile” - Pedro Ribeiro ( Um peixe com um sorriso )

Ama, obceca, apaixona
Sê feliz, faz feliz
Mas apercebe-te.
Apercebe-te de que podes ser diferente.
Diferenças essas que te podem guiar à felicidade.
Faz recordar, faz viver.
Que te podem prender.
Caminha Caminhando
Ama Amando
Prende, liberta
Coabita!
Porque há lugar para todos nós
Terra ou Mar
E quem tem o poder da razão,
Pode não compreender,
Mas pode fazer; tentar fazer felizes aqueles que não têm.
Ama, obceca, apaixona
Sê feliz, faz feliz.




Cildo Meireles ou " Desvio para o Vermelho "

O Desvio para  o Vermelho  (1967-1984 ) , obra de Cildo Meireles que coloca em questão  a estrutura do espaço tridimensional monocromático com uma  impregnação acentuada em vermelho que se torna extremamente saturada  causando grande excitação sensorial é formado  por três ambientes articulados entre si, onde no primeiro (Impregnação ) nos deparamos com uma exaustiva coleção monocromática de móveis , objetos e obras de arte .


Nos remete a uma casa, ou a um cômodos, ou a vários cômodos, ou às lembranças .


Há quem cite  também uma relação com Matisse e seu quadro “ Ateliê Vermelho “ de 1911 que antecipa os estudos da cor monocromática na  contemporaneidade.




No segundo ambiente ( Entorno ) , um frasco caído no chão sugere o derramamento de líquido superior ao volume possível  dentro do frasco .


E o terceiro ambiente ( Desvio ) nos direciona a uma pia que derrama água vermelha de sua torneira.
Questionado  sobre o teor político da obra , já que houve uma tragédia na época: O assassinato do filho do governador de São Paulo , Cildo Meireles responde que o Desvio para o Vermelho é muito mais um trabalho sobre a questão cromática do que a política . E que a idéia era criar uma circularidade onde uma coisa fosse jogando para outra, uma fase jogasse para outra , mas não explicasse nada. Assim , Desvio para Vermelho nos faz pensar a uma série de simbolismos  e metáforas , desde a violência do sangue até conotações ideológicas e nos oferece uma sequência  de impactos sensoriais e psicológicos  , onde uma série de falsas lógicas nos devolvem sempre a um mesmo ponto de partida .
Enquanto ouvia as explicações de um monitor sobre a obra, o mesmo me dizia que era a mais visitada em Inhotim . Realmente você vê e se tivesse que escolher uma obra para rever  escolheria essa . Muito interessante mesmo !

Esconderijo - Sandy Leah

Sandy leah - esconderijo by tiagocastelo

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

"Cildo Meireles" ou "Através "

“Através “  é   uma obra  onde para entrar, deve se  estar calçando sapatos  fechados ,por causa dos cacos de vidros estilhaçados pelo chão ,onde diferentes barreiras  de diversos materiais se entrelaçam .E é esse o objetivo  dessas barreiras , que são comparadas às situações pelas quais passamos no dia a dia . Muros, grades, cortinas, cercas, portas, aquários , portões ....atravessá-las é uma forma de auto-conhecimento.  Com o som dos vidros quebrando , conseguimos chegar ao centro, que é uma grande esfera de celofane , fazendo um papel de núcleo, alusão à osmose celular .   É também uma  maneira que o artista nos remete  para perceber o espaço e o mundo. É um convite para  sentirmos e deixarmos para atrás essas “barreiras “. Será que conseguimos superar  e deixar todas elas ?




“ Meus trabalhos não são feitos apenas para olhar e admirar. São táteis, sonoros, físicos” - Cildo Meireles


“Para mim o objeto de arte deve ser, sobretudo e independente de qualquer coisa , instantaneamente sedutivo “. Cildo Meireles

"Caçador de mim " - Milton Nascimento
Cacador de mim by marcelo dourado

domingo, 23 de janeiro de 2011

" Inhotim " ou O lugar mais impressionante para se visitar no Brasil


A minha  vontade era de postar vários posts a respetio desse lugar fantástico , que por sinal , nem parece estar  localizado no nosso País , mas, vamos ver  então quantas postagens sairão desse lugar que é simplesmente mágico, fantástico . Situado no município de Brumadinho, a 60 quilômetros de Belo Horizonte, em meio a uma mata nativa com 1,5 milhão de metros quadrados de propriedade do empresário mineiro e colecionador de arte contemporânea Bernardo Paz, o Caci - Centro de Arte Contemporânea de Inhotim inclui um ousado conjunto arquitetônico composto de sete pavilhões projetados pelo arquiteto mineiro Paulo Orsini, estrategicamente situados em vários pontos do complexo paisagístico. Ali se encontram dezenas de obras de alguns dos mais instigantes artistas contemporâneos do Brasil e do mundo.
O acervo botânico também se impõe. A verticalidade escultural das mais de cem espécies nativas e exóticas de palmeiras convive com a maior coleção de patas-de-elefante existente no país, bananeiras , bromélias, mulungus, papiros, helicônias, ananases, estrelítzias, inhames-pretos, filodendros e um centenário tamboril de 15 metros de altura, a mais majestosa árvore do lugar. Não bastasse isso, três lagos povoados de cisnes, patos, gansos e marrecos completam o espaço projetado, em grande parte, pelo mestre brasileiro do paisagismo, Roberto Burle Marx, pelos paisagistas Paulo Nehring César e Luiz Carlos Brasil Orsini, além do agrônomo Angelo Márcio dos Santos Silva .Dispostas nas clareiras e quebradas encontram-se várias esculturas e instalações, que, conjugadas com a paisagem, engendram um insólito equilíbrio entre natureza e arte. Uma peça em pedra do escultor chinês Zhang Huan, com 6,40 metros de altura, é uma obra de realce para quem ingressa no território do Caci, no qual se somam várias outras peças de grande impacto, como a sólida escultura Gigante Dobrada, de Amílcar de Castro; um iglu de fibra de vidro feito pelo dinamarquês Olafur Eliasson,  além do enorme arranjo, em aço oxidado, de mesas e cadeiras sobrepostas umas às outras de autoria de Cildo Meireles, em contraste com o verde intenso do gramado. Para não mencionar a intrigante instalação True Rouge (1998), de Tunga, inspirada em um poema algébrico de Simon Lane e que, fixada no interior do pavilhão envidraçado em cima de um dos lagos, traz os vários estados da cor vermelha envoltos em uma intrincada rede de fios, vidros, esponjas e anzóis, alegorizando a própria complexidade do corpo humano e suas vísceras.

Sob a curadoria de Rodrigo Moura, Jochen Volz e Allan Schwartzman, o arranjo das obras nos  pavilhões obedece a uma espécie de lógica da vertigem: cada um dos espaços desafia o olhar do visitante com suas insólitas configurações de cores, formas, tamanhos e texturas, como o espaço dedicado à obra Através, de Cildo Meireles, e o que abriga a já mencionada True Rouge, de Tunga. O fotógrafo Miguel Rio Branco é outro artista contemplado em um dos pavilhões, Iran do Espírito Santo, Ernesto Neto e Jarbas Lopes  , os alemães Albert Oehlen e Franz Ackermann e a impressionante audio-art da artista canadense Janet Cardiff, constituída de múltiplas vozes e paisagens sonoras que conferem à sala uma atmosfera de epifanias e assombros. Um outro pavilhão é inteiramente dedicado a trabalhos de artistas contemporâneos como Adriana Varejão, José Damasceno, Valeska Soares, Cerith Wyn Evans, Rochele Costi, Rivane Neuenschwander, Marepe e Sandra Cinto além  de Hélio Oiticica e Neville D’Almeida.


 “A arte só faz sentido quando apreciada por todos”, diz Bernardo Paz.

Antony & The Johnsons -  "I Fell in love with a dead boy"
Antony & The Johnsons - I fell in love with a dead boy by kumi_han

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

"Amy Winehouse " ou Uma Cantora do Nosso Tempo

Ela é autêntica e talentosa . Com seus 27 anos , essa cantora inglesa se filia a uma longa linhagem de músicos  que se destruíram no auge. Para alguns, aliás, ela está numa idade perigosa para ícones pop, pois Jimi Hendrix , Janis Joplin , Jim Morrison e Kurt Cobain , todos morreram aos 27 anos , com o álcool e outras drogas sempre  fazendo parte  da vida de todos eles . Não esquecendo de Elvis Presley que morreu aos 42 anos , o astro country Hank Williams, morto por overdose de morfina, aos 29 anos e o galã do jazz Chet Baker , que suicidou-se aos 58 anos apodrecendo pelo vício da heroína . Mas, o rock faz parte da mitologia dos mortos jovens, como disse Pete Townshend , do WHO , na música “ My Generation “ –
  “ Espero morrer antes de ficar velho “. A rigor, Amy Winehouse nunca foi  uma roqueira, pois suas fontes de inspiração sempre foram o jazz, o hip hop e o soul , só que ninguém nasceu no ocidente pós Elvis sem incorporar parte do espírito do rock.
Amy , nasceu a  14 de setembro de 1983 , em Southgate , no norte da Grande Londres. Caçula de uma família judaica não religiosa , seu pai , motorista de táxi e sua mãe , farmacêutica. Pais , que no ano passado fizeram um apelo para que sua filha parasse de beber , alegando que não estava apenas se matando , mas matando os dois também.“Filha, pare de beber “. Amy ,cantava desde os 9 anos na escola de teatro, aos 13 ganhou uma guitarra na qual começou a compor e aos 20 , gravou seu primeiro CD  (Frank ) em 2003. Frank , naturalmente, era o Sinatra, da qual seu pai era fã. 900 mil  pessoas apenas na Grã Bretanha compraram  o seu CD. Em 2006 , lançou seu segundo CD, que a fez explodir no resto do mundo ( Back to Black ). Vendeu mais de 12 milhões de cópias no mundo inteiro e ganhou 5 prêmios Grammy. O principal assunto do cd era a própria capacidade de beber  e de se estrepar . “ Eles tentaram me mandar para a desintoxicação/ mas eu disse “ não, não , não “, rebelava-se em Rehab . Faz  4 anos que Amy não grava , talvez devido ao seu casamento com Blake Fielder Civil. Mas , com apenas dois discos , podemos dizer que Amy é genial  sim ! Vamos ver o que vem pela frente ...





Rehab - Amy Winehouse


Amy Winehouse - Rehab by Nadouche

domingo, 16 de janeiro de 2011

" São Paulo " ou 457 anos de vida

Em homenagem aos 457 anos da cidade de São Paulo ,que faz aniversário no próximo dia 25 de janeiro , faço uma lista com músicas que falam dessa  cidade encantada .

1-      Sampa – Caetano Veloso
2-      Lá vou eu – Rita Lee
3-      São Paulo – 365
4-      O trem das onze – Demônios da Garoa
5-      Amanhecendo – Billy Branco e Vozes
6-      Vírus do Amor- Rita  Lee
7-      São Paulo, São Paulo- Premê
8-      Saudosa Maloca- Demônios da Garoa
9-      Ronda- Márcia
10-  Punk da Periferia – Gilberto Gil
11-  Samba do Arnesto – Demônios da Garoa
12-  Descer a Serra- Guilherme Arantes
13-  Do lado direito da Rua Direita – Originais do Samba
14-  Pobre Paulista- Ira
15-  São ,São Paulo- Tom Zé
16-  As Mina de Sampa – Rita Lee
17-  Coração Paulista- Guilherme Arantes
18-  São Paulo- Morcheeba
19-  Vítima – Rita Lee



Vale a pena  fazer um CD  para quem gostou das sugestões .

Como  uma pequena amostra -     São Paulo -365


São Paulo Banda 365 - São Paulo by dennydesign

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

"Construção" ou Amor em 4 Atos

Gostaria de aproveitar o momento, onde estréia   uma  minissérie  que transpõe para a linguagem televisiva , clássicos da obra de  Chico Buarque ,  para  ilustrar de uma forma simples sobre “ Construção “, música que o mesmo compôs em 1971. Diz a história  que  o homem forte da gravadora ao entregar a letra, num golpe de ironia e audácia, pediu que a proibissem; os censores, então, como que para contrariá-lo, liberaram sem cortes.
A letra possui um aspecto narrativo, além de um caráter cíclico e comparativo. A última palavra de cada verso,é sempre uma proparoxítona, o que torna o ritmo da música bem marcado e repetitivo. Os versos ,demonstram que o sujeito da canção é um homem, pai de família, que tem um grande laço com sua mulher e um indício de que possui vários filhos. Sugere ser de baixa condição social, devido ao andar tímido, e também pelo número de filhos. O desempenho no emprego é comparado a uma máquina, o que nos revela que o homem trabalha sem questionar o que faz. Pelo fato da letra ter sido escrita na época da ditadura, nos remete a pensar que Ele, ou faz aquilo que mandam ou é punido. O emprego está ligado à construção civil. Apesar de evidenciar temas de solidez o  sentimentalismo se faz presente em “ Seus olhos embotados de cimento e lágrima“ ou seja nos olhos do trabalhador , a frieza do cimento contrasta com a fraqueza das lágrimas, interessante paradoxo , algo que reflete o sofrimento dessa condição social. Fica evidenciado o alívio da hora do descanso, que é o sábado e o alcoolismo  desenhado em algumas frases. Podemos retirar também que o homem trabalha em um prédio tão alto que tropeçar de lá é quase como tropeçar do céu. E a música vai finalizando , assim como quando  fala  dos últimos momentos de vida do homem , após sua  queda . Nos últimos versos, vemos a indiferença do cidadão, que ao estatelar-se no chão, a única preocupação que ocorre por parte do publico que ali estava foi em relação ao trânsito, como se um objeto tivesse caído e não um pai de família. A contradição existente é que dentro de casa o homem é o líder, mas na rua é um sujeito qualquer, um parafuso da engrenagem capitalista. E quando diz que morreu na contramão atrapalhando o sábado, entende-se que o descanso do publico foi atrapalhado pela morte do trabalhador. No arranjo da musica, percebe- se que a ultima estrofe é de um modo mais acelerado, com sons vindo de todos os lados. Esse efeito gera uma confusão, um desnorteamento que ilustra a vida sem rumo daquele trabalhador. O que mostra que isso é comum, com a repetição das estrofes, e acontece com vários trabalhadores por aí, invisíveis à sociedade.




Construção - Chico Buarque
Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido

Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico

Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado

E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina

Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público
Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado
Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague

Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,
Deus lhe pague






Construção - Chico Buarque by dennydesign

domingo, 9 de janeiro de 2011

"Músicas Para se Ouvir na Hora do Sexo " ou Ensina-me Tigre , como Amá-lo

Acho muito legal e divertido o lance das listas , como já puderam ver aqui no blog , então vai mais uma para  concordarem , discordarem, acrescentarem  e também conhecerem  ...



Músicas  para se ouvir na hora do sexo  

1-Let's get it on - Marvin Gaye
2-Vuelvo al Sur  -  Gotan Project
3-After Dark - Tito And Tarantula
4-Just like Honey - The Jesus and Mary Chain
5-Sexual Healing - Marvin Gaye
6-Girl, You'll be a Woman Soon - Urge Overkill
7-Sea of Love- Cat Power
8-Apologize- Timberland
9-The Great Gig in the  Sky - Pink Floyd
10-The Ubiquitous Mr Lovergroove -  Dead Can Dance
11-I'm Your Man - Leonard Cohen
12-Feelin' Love- Paula Cole
13-Glory Box- Portishead
14-Queq'un m'a dit - Carla Bruni
15-Superstar-Sonic Youth
16-Je t'Aime Moi non Plus - Brigitte Bardot
17-Twilight - The Raveonettes

Uma amostra : Glory Box - Portishead

DMF - Portishead Glory box remix ft. Izzo by DMFdubstep-dnb

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

"António Zambujo" ou Um homem a cantar fado tão lindamente

Intérprete Alentejano , aos  35 anos  , dono de um timbre delicado , o jovem fadista vem chamando a atenção  por  aproximar o fado tradicional  português  da música brasileira , em especial da bossa nova . Sua voz, sem tanta dramaticidade nem vibratos, veio de mestres como Chet Backer, João Gilberto e Caetano Veloso , sendo reflexo daquilo que ouvia .  Em  “ Guia “ , o quarto e mais recente álbum de Zambujo, essa relação se acentua. O amor e a suadade, temas comuns tanto no fado como na bossa nova, são interpretados pelo alentejano não como o derramamento típico dos portugueses, mas com a serenidade de João Gilberto e seus herdeiros.
Além de Portugal , apresenta-se com freqüência em Toronto , Paris, Zagreb ,Santander , Sarajevo . Já esteve no Brasil em 2 ocasiões , sendo que em uma delas foi assistido por Ney Matogrosso , Caetano Veloso, Sandra de Sá , Paula Morelenbaum entre outros artistas  brasileiros . Integra a lista dos 10 melhores concertos internacionais do ano selecionada pela seção de cultura do jornal O Globo .



Segue a faixa de seu novo álbum Guia de 2010 -" Readers Digest "


Readers Digest - António Zambujo by worldvillage. Uploaded with BandPage by RootMusic

domingo, 2 de janeiro de 2011

"As 99 Músicas de Todos os Tempos pela Diário FM " ou As 5 Mais Votadas .

A Rádio Diário FM 99,7  colocou no ar no dia 02/01/2011 , as 99 músicas de todos os tempos . A lista é bem eclética , com predomínio das internacionais  e  anteriores ao ano 2000.  As 5 mais escolhidas pelo público foram :


5- IMAGINE- JOHN LENNON




4- HOTEL CALIFÓRNIA -  THE EAGLES


3- DETALHES - ROBERTO CARLOS


2- THRILLER - MICHAEL JACKSON


1- DANCING QUEEN - ABBA


SEGUE UMA APRESENTAÇÃO AO VIVO DO GRUPO  ABBA  NA AUSTRÁLIA EM 1977 ,COM A   MÚSICA MAIS VOTADA : DANCING QUEEN !!!

"Um Amor Quase Perfeito" ou Realidade / Ficção ?

Uma história de amor muito incomum. O impacto entre dois mundos diferentes .É uma maravilha. Um belo, sensível filme sobre a vida , o amor ,a morte  e as trapaças que a vida e o amor pregam na gente antes da morte . Com estilo despojado , belíssimas interpretações, personagens bem construídos,fala sobre as coisas mais importantes para o diretor Turco, Ferzan  Ozpetek ,   de “ O Banheiro Turco “ : Amigos, família, amor, comida ... Baseado no título de um quadro pintado por Magrite “ A Fada Ignorante “ , só que no plural
  “ Le Fate Ignorante “ , onde o nome, refere-se a estes encontros que temos com as pessoas que mudam nossas vidas e a delas sem ao menos sabermos. Somos todos fadas de alguém, mas nunca como a dos contos para criancas, pois podemos ter ódio, fazer o mal. Por isto , somos fadas ignorantes.
A ação começa num museu. Uma bela mulher madura, por volta dos 40 anos, está observando esculturas. Um homem  bem vestido se aproxima dela, fala uma dessas frases feitas de tentativa de início de conversa, ela o dispensa: diz que está esperando o marido,  e que vão se encontrar, terão em seguida um compromisso . O homem vai atrás dela, diz uma frase do tipo: “Seu marido não deveria deixar uma mulher bonita como você sozinha”. Ela responde que ele sempre faz isso, está sempre a deixando sozinha para compromissos de trabalho . Fica óbvio imediatamente que são marido e mulher, estão brincando, fazendo um jogo. Ela é uma burguesa, sólida e consciente, Ele tem problemas com o amor, vive cercado por uma estranha família. Ambos são como as fadas ignorantes de que fala o título : não sabem o que podem dar um para o outro.  Antonia (Margherita Buy) é médica, atende pacientes com aids; veremos depois que é dona, ou sócia, de um laboratório de análises clinicas. Massimo (Andrea Renzi) é empresário, dono de uma companhia bem estabelecida. São bem de vida – moram numa casa grande, confortável, com um belo quintal que dá para um rio, com duplas de confortáveis poltronas. Gostam de ficar ali, os dois juntos. Parecem um casal feliz, ainda apaixonado e que estão casados há 15 anos. Com cinco minutos de filme, Massimo é atropelado e morre. Antonia enfrenta a perda mergulhada em profunda tristeza, em um desespero surdo. As pessoas da firma de Massimo juntam seus pertences pessoais que estavam no escritório e enviam para a casa dele. Antonia resolve colocar na parede um quadro que veio do escritório, chamado “A Fada Ignorante” . Na hora em que vai pendurar o quadro, ela nota uma dedicatória feita para Massimo. É uma apaixonada declaração de amor – e que cita sete anos de vida juntos. A metade do tempo do casamento que Antonia achava quase perfeito. Ela decide ir atrás da amante do marido. Sua vida vai mudar inteiramente a partir daí. Antonia descobrirá todo um mundo inteiramente novo para ela  e não teria qualquer sentido este post  revelar mais nada a respeito da trama.