"Rainhas" OU O Sonho de Ser uma Miss Brasil

Eu já tinha ouvido falar desse longa documentário, e aproveitei que iria passar no Canal Brasil, para finalmente assisti-lo.


Trata-se de " Rainhas" dos diretores Fernanda Tornaghi e Ricardo Bruno, que com recursos próprios, realizaram esse filme.


O filme basicamente fala do concurso de Miss Brasil Gay, realizado já há alguns anos e que é um sonho para uma boa parcela de homens que se vestem de mulheres .

Nesse sonho, eles realçam a participação de Fábio , um cabelereiro de Porto Velho- RO e seu namorado Jr, que vão de ônibus ao Rio de Janeiro, primeiramente para disputar o Miss Rio de Janeiro Gay.


O documentário mostra toda a dificuldade, a aceitação em se travestir de mulher, o alto custo para essa transformação, os bastidores dos concursos ...

Nesse Miss Brasil Gay, o cabeleireiro Fábio conseguiu o primeiro lugar e assim disputará o Miss Brasil Gay do ano, que também será no Rio de Janeiro.

O longa mostra então o dia a dia do casal de Rondônia e depois a ida deles para o esperado concurso, dessa vez de avião.


Lá, mostra todas as misses de todos os estados brasileiros, de uma forma divertida de apresentação, muito espirituosa.

Todas num mesmo hotel e todas com as mesmas condições de competição.


O título tão esperado nesse ano foi da Miss Pernambuco . As outras terão que competir mais vezes para o tão sonhado título.

Valeu, gostei do documentário e de todo esse sonho . Afinal, o que seria de nós se não sonhássemos ?


Eu recomendo !

"Vendo Ou Alugo" OU Cinema Nacional

Assisti ao filme " Vendo Ou Alugo" da diretora Betse de Paula, sobre uma família que vive capengando por causa da situação financeira, devendo para todo mundo e que acredita ainda que a venda da casa será a sua salvação.


Maria Alice ( Marieta Severo), é a trambiqueira do pedaço, que vive do passado ,onde tinha um pouco de dinheiro e agora pede fiado pra todo mundo, não paga conta de água, luz, iptu e outros .

Recebe uma notificação de leilão da casa , e faz um pedido para Iemanjá. Nesse tempo, reencontra uma amiga antiga que está com uma imobiliária/corretora, onde seu filho Júlio ( Pedro Monteiro), que no passado estava envolvido com drogas é o responsável hoje.

Maria Alice oferece a casa, e sua amiga diz que o filho está com um gringo justamente procurando uma casa naquele pedaço. Elas combinam de o rapaz ir lá para ver a casa com o gringo.

O problema é que a casa, apesar de bonita, dois pavimentos, está caindo aos pedaços, com infiltrações, marca de balas pelas paredes ( a casa fica no início de uma favela) e sem nenhuma condição de ser vendida.

É uma bagunça total na casa, que ainda tem a mãe de Maria Alice , a Dona Maria Eudóxia ( Nathalia Timberg), que adora um joguinho de cartas com suas amigas da quarta idade: Dagmar ( Carmem Verônica), Clotilde ( Ilka Soares) e  Kita (Daisy Lucidi)  .

Ainda na casa, a neta Madu ( Beatriz Morgana), filha de Baby ( Silvia Buarque) e a empregada engraçadíssima Graça ( Maria Assunção ).

Aliás, Graça frequenta o culto com o Pastor ( André Mattos), que também está interessado na casa para fazer de igreja . Ele é cego.

Jorge ( Marcos Palmeira) é o malandro do morro, que faz serviços para a bandidagem, leva droga daqui pra outro lugar e vice e versa e tem uma quedinha por Maria Alice.

Ainda no longa, tem o Coisa Ruim ( Juan Paiva), um trombadinha do morro, o Seu Capô ( Antônio Pitanga) e o gringo .

Todos estão na casa, que está sendo mostrada ao gringo , que depois chega o pastor e as amigas de Dona Eudóxia. Tudo junto e misturado, em meio a um tiroteio no morro e um bolo recheado de maconha.


Zorra total !


O que mais gostei no filme, foi a presença das senhoras atrizes . Muito bom vê-las atuando .


Filme by Netflix .

"A Esposa" OU O Que Deixamos Para Trás Quando Juntamos as 2 Malas

Assisti ao tão falado filme de Bjorn Ringe, " A Esposa" , que começa com a família do escritor Joe Castleman (Jonathan Pryce) em Connecticut , onde ele recebe um telefonema de Estocolmo logo na madrugada.




Achando que era trote, até chamou sua esposa Joan Castleman( Glenn Close) para ouvir na extensão a notícia de que ele tinha sido congratulado com o NOBEL de Literatura .

Eles não se contentaram em tamanha felicidade, pularam na cama, cantaram  e depois foram recebidos pelos amigos, jornalistas, além de seu filho David Castleman( Max Irons), que também é escritor, e sofre com o silêncio do pai com relação às suas obras e também de Susannah Castleman (Alix Wilton Regan), sua filha, que está grávida no momento.

Com tudo isso, o casal e o filho David, pegam um avião e voam para Estocolmo, para a festa de premiação.

Chegando lá, são recebidos com toda pompa de ser um NOBEL, com frescuras para todos os gostos, hotel de primeira linha, tudo do bom e do melhor para a família do condecorado.




No mesmo avião, viaja o jornalista Nathaniel ( Christian Slater), que é alucinado por querer fazer a biografia do escritor, que o odeia por isso.

No mesmo hotel, Nathaniel está em toda parte, e agora assedia a esposa de Joe , dizendo que teria algo para falar sobre o marido .




Os dois vão tomar um café, num momento de escape de Joan e Nathaniel conta à Joan que o marido tem a libido hiper explorada .

Joan acha que a conversa pode ir mais a fundo, já que na noite anterior percebeu que o marido saiu do quarto para comer tarde da noite e quando o flagrou, estava de gracinha com a fotógrafa oficial do evento.


Mais que isso, Nathaniel faz outras insinuações sobre o escritor, mas, Joan o ignora e a conversa para por ai.

Joe e Joan se estranham após os episódios de saída dos dois e começam a colocar as cartas na mesa.


Na noite anterior à cerimônia, Nathaniel conversa com David e conta-lhe algumas verdades sobre o pai.

David chega meio que alcoolizado na manhã seguinte ao quarto dos pais para irem à cerimônia de entrega do prêmio e revoltado com o que escutou do jornalista.


Joe recebe o Nobel , mas, as coisas não vão bem na família Castleman. Joan finalmente coloca tudo para fora , após anos de convivência e aceitação da personalidade de seu esposo, tem uma decisão importante.

Joan e David pegam o vôo de volta para os EUA.

Bem interessante o roteiro, e uma excelente interpretação de Glenn Close, que provavelmente ganhará o Oscar do ano.


Gostei do filme !


Eu recomendo !

"Bohemian Rhapsody" Ou A História do Queen

Todo mundo gostou, aclamou, colocou o filme lá em cima. Eu, como fã ,não me surpreendi muito não , mas, gostei, claro.




O longa "Bohemian Rhapsody" , do diretor Bryan Singer, conta a trajetória do Queen desde a sua formação e existência até o Live Aid em 1985.

O início, após a saída do vocalista da  Banda londrina Smile , Freddie se oferece para a substituição .




Com os dentes protusos, não foi bem visto inicialmente pelos integrantes da Banda, mas, quando abriu a boca para cantar, não tiveram dúvidas. Seria ele o cantor da banda.

O começo foi igual como toda banda, mas, depois com as produções , músicas criativas, chegaram até a EMI, onde provavelmente iriam gravar seu primeiro disco.




Havia um problema : A música carro chefe , Bohemian Rhapsody tinha 6 minutos e o diretor da gravadora Ray Foster ( Mike Myers) estava resistente.

Freddie ( Rami Malek), foi até uma radio e soltou em primeira mão o single, que estourou no mundo inteiro e fez com que Ray se rendesse ao estrondoso sucesso da Banda.




Assim, Freddie Mercury , Brian May ( Gwilym Lee), Roger Taylor ( Bem Hardy) e John Deacon ( Joseph Mazzello) estavam pronto para o show business.




Nesse começo, Freddie se apaixonou por MaryAustin ( Lucy Boynton), uma loira bonita, que acompanhava a banda em todos os locais que se apresentavam . Freddie deu até um anel para ela e disse que queria casamento.

As coisas mudaram ao longo do tempo, e Freddie começou a se relacionar com seu Manager  Paul Printer ( Allen Leech), finalmente se encontrando com sua sexualidade.




A banda já começou a estrilar com a estrela do vocalista, que chegava atrasado aos encontros, queria exclusividade, e holofotes em cima dele.




Freddie acaba por romper com a Banda e tenta carreira solo. Orgias e orgias são realizadas , e num dado momento fica sabendo que haveria um show Live Aid e que Paul não lhe contou nada a respeito.

Ele despede seu manager, e contrata Jim Beach ( Tom Hollander), para tentar chamar a banda de volta e fazer o show tanto esperado em Wimbledon .

Nesse tempo, Freddie está com novo namorado: Jim Hutton ( Aaron Mc Cusker), que conheceu numa festa .

É tempo de AIDS, e muitas pessoas morrem no mundo todo. Freddie fica alerta para isso e descobre-se com a doença.




A banda decide aceita-lo para mais uma apresentação. O Live Aid é um sucesso para o Queen .

O filme termina com a menção da morte de Freddie Mercury em virtude da AIDS e algo a respeito dos outros integrantes.




A trilha sonora, não preciso nem falar ...Perfeita!

Valeu a pena!




Imperdível!

"O Ódio Que Você Semeia" OU Por Que Matam -se Tantos Negros Assim ?

Mais um excelente filme sobre racismo, podemos ver em " O Ódio Que Você Semeia" do diretor George Tillman Jr.


O filme é baseado no romance homônimo de Angie Thomas .

O longa começa mostrando a família de Maverick ( Russell Hornsby), que depois de sair da prisão, volta ao seio familiar, com sua esposa Lisa ( Regina Hall) e os filhos Starr (Amandla Stenberg), Seven ( Lamar Jhonson) e Sekani ( T J Wright).


Starr e Seven estudam em um colégio de brancos, de classe média alta, para que tenham um melhor educação e fugir um pouco de altos conflitos do bairro em que moram.

Ou seja: Têm duas vidas, a da escola, que é serena, tranquila e a de casa, do bairro, com uma criminalidade alta .


Starr namora com Chris( K L Apa), um rapaz branco , bonito e disputado por muitas meninas do colégio, o que faz com que Starr seja um pouco invejada .

Chris quer acelerar o namoro, mas, é Starr que breca, com medo de se machucar. Num desses dias, ela vai à uma festa do bairro, só com negros e reencontra seus amigo de infância e primeiro namorado Khalil (Algee Smith).

Os dois vão embora de carro juntos, pois houve confusão e tiros na festa onde estavam .


No carro, relembram momentos que passaram na infância e adolescência, até que eles são parados pela polícia.

Starr pede paciência  a Khalil, que titubeia e pega uma escova de cabelos em seu carro, o que dá motivos para o policial pensar que seria uma arma e atirar contra o rapaz.


Pronto : Mais um crime contra negros !


Starr seria então a testemunha de que nada acontecera, e o policial atirou sem necessidade.


O bairro todo se revoltou contra o assassinato do menino, que apesar de estar envolvido com drogas, era querido por todos.

King(Anthony Mackie) era o chefão do tráfico no bairro, e não queria que Starr testemunhasse no caso, pois sabia do envolvimento de Khalil com as drogas e com ele.


Passou a infernizar a vida dela e de sua família , dando avisos de que seria cruel , caso se complicasse.


Protestos, advogada do caso , familiares, amigos faziam caminhadas frequentes , pedindo justiça no caso de Khalil.

Mas, o que vimos, foi a absolvição do policial e uma revolta da população negra.


King tentou acabar com a família de Maverick, mas, foi preso.

Não é fácil viver numa sociedade em que a qualquer momento você pode ser acusado de qualquer coisa sem mesmo ter feito nada.


Não é fácil ser NEGRO !


Ótimo filme !


Valeu  a pena !


Eu recomendo !

"Green Book:O Guia " OU Quer Saber O Que É Racismo?

Que filmaço é esse ? Com certeza, um dos melhores que já vi, relacionado ao tema do racismo.






O filme "Green Book : O Guia ", do diretor  Peter Farrely, começa com o auge da discoteca Copacabana, em Nova York, onde Tony Lip ( Viggo Mortensen) é o Maitre.

Com os problemas que toda casa noturna dá, uma certa noite, após uma briga, Tony botou uns caras pra fora , e após isso , A Boate Copacabana foi fechada .






Corria muito dinheiro, máfia , drogas e poderosos sempre estavam por ali, e esse último acontecimento não foi de agrado .






Com a boate fechada, Tony volta pra casa, e junto cm a mulher Dolores (Linda Cardellini), seus filhos, e parentes, que não saiam de sua casa , ficou sem emprego.

Participava até de quem comia mais cachorros quentes, para ver se ganhava uns dólares que ajudasse no orçamento da casa.






Mas, certo dia, através de uma indicação do dono da boate, ele foi até um endereço, em cima do Carnegie Hall, para ver um emprego de motorista.

Chegando lá, muita frescura, e mimimi, ele se depara com Don Shirley( Mahershala Ali), um excêntrico pianista de jazz, com um apartamento todo emperiquitado de badulaques e uma exigência fora do comum, que fez com que Tony saísse de lá sem o emprego.






Dias depois, recebe um telefonema, com o dobro do dinheiro anunciado e Tony então aceita ser o motorista do badalado músico.




O problema é que Don Shirlei era negro, e nos anos 60, os EUA ainda separava de forma veemente brancos de negros.

O Tour de Don Shirley será no sul, mais um problema, que é onde os EUA tem mais segregação ainda .




Na hora do contrato, Tony recebe um livro com indicações de restaurantes e hotéis onde negros são aceitos no sul, e esse é o Green Book .




Tony Lip era fanfarrão, despachado, comia com a mão mesmo os fast foods que comprava, não tinha papas na língua, e era racista.

No início, foi difícil a relação dos dois, Don Shirley era um gentleman, e qualquer fora do motorista , ele parava e queria de sua maneira, tentando educar o italianão.




Foi uma grande festa a viagem deles rumo ao sul, que ainda contava com outros dois músicos, que iam em outro carro, formando o Trio Shirley.




Em quase todos os lugares, tiveram problemas com a cor de Don Shirley e é aí que sentimos toda a dor de ser negro.

Tony estava lá  para salvar seu dono e patrão de todos os problemas, inclusive da prisão, quando foi pego com outro homem em situação embaraçosa.




Foi tocante a relação dos dois ao longo da estrada, até a última cidade, onde fariam um concerto de Natal .




Mas, foi nessa última parada que Don Shirley se cansou e se rebelou com tanta crueldade.




Na volta, ainda dirigiu um pouco do carro para que Tony chegasse em tempo na Ceia de Natal de sua família.

Excelente filme, e primorosas atuações tanto de Viggo quanto de Mahershala dignas de um Oscar.




Valeu muito a pena !




Eu recomendo !