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segunda-feira, 29 de maio de 2017

"Histeria" OU O Encontro de Freud com Dalí no Theatro Pedro II



Fui assistir a peça "Histeria", escrita por Terry Johnson e dirigida por Jô Soares no Theatro Pedro II.




A peça de duração de aproximadamente 2 horas, que aliás, foi enxuta em alguns 10 minutos a menos , no texto original, graças a uma projeção incluída por Jô para que não ficasse tão extensa, já que são mais de 125 páginas de textos.


O mote principal é o encontro de Freud ( Norival Rizzo) com Salvador Dalí ( Rubens Caribé), na Londres , pós período nazista, com o pai da psicanálise , sendo bastante questionado , e  doente já ( com um câncer na mandíbula) e algumas nuances como a visita quase diária de seu médico judeu ( Milton Levy) e também de uma mocinha bem atrevida( Erica Montanheiro) que mesclava momentos de realidade e inconsciente em suas histerias .


A peça é pura psicanálise, e para quem entende do assunto é um prato cheio , quem não entende também apreciará , pois ela é bem recheada de humor e momentos desconcertantes dos gênios da psique e da pintura .



Salvador Dalí, é cômico, único , um louco divertido e os seus trejeitos e modus operante deixa a peça bem mais agradável , já que os diálogos entre Freud e a mocinha são mais complexos .


As convicções do artista são questionadas, tem a questão sexual, a presença da mãe , do pai e todas as nuances desse relacionamento , o abuso , enfim ...um compêndio mesmo de psicanálise.


As atuações de todos os atores em cena são memoráveis . Destaco todos eles , mas, a  histeria de Erica Montanheiro é bem contagiante .



Outro destaque é o enorme cenário , que enriquece ainda mais o espetáculo .


Parabéns a todos !


Ótima peça !


Eu recomendo !

sexta-feira, 26 de maio de 2017

"Théo & Hugo No Mesmo Barco" OU Uma Vida Na Madrugada Parisiense





Assisti ao filme " Théo & Hugo No Mesmo Barco" dos diretores Oliver Ducastel e Jacques Martineau.


O filme te assusta ou não nos primeiros 20 minutos, já que vai direto a um clube de sexo parisiense e sem diálogos, mostra todo o bas-fond existente na noite , onde o desejo grita e se sobrepõe a razão e a qualquer outro sentimento.




Filme pornô ? Não, passado esses 20 minutos onde corpos se entrelaçam, começa a história de 2 jovens que se conheceram e a química bateu entre muitos outros .




Saíram juntos do clube e foram perambular pelas ruas de Paris, onde se apresentaram como Hugo ( François Nambot) e Théo ( Geoffrey Couet) .


Um trabalhava num cartório e o outro era estagiário em uma empresa na parte de desenho gráfico.




Resolveram pegar aquelas bicicletas para aluguel que ficam nas ruas e partir para algum ponto para comer algo.


Enquanto isso , iam lembrando os momentos passados no clube, dando ênfase ao encontro e ressaltando aqueles momentos como diferentes e únicos.




Num dado momento, a conversa toma um rumo diferente, pois Hugo não se conforma com a irresponsabilidade de Théo em fazer sexo sem preservativo num clube de sexo .


Desesperadamente liga para um centro de apoio e pede informações e orientações de como proceder .




Foram orientados a procurar a urgência de um hospital , a falarem uma sigla (RSP) e os devidos cuidados seriam tomados.




A sigla diz respeito a relação sem proteção !


Théo fica muito assustado e resolve ir sozinho ao hospital, devido a tamanha grosseria e desconfiança de Hugo com relação ao assunto.




Os dois se encontram no hospital e Hugo já havia mandado várias mensagens a Théo que não foram lidas falando exatamente qual era o problema.




Feito a consulta médica e tomado as devidas providências, os dois continuam sua caminhada de bike por Paris, vão comer numa lanchonete de um sírio , pois quase nada está aberto próximo das 06:00 da manhã e acabam no apartamento de Théo.




Entre medos e desejos e até outros sentimentos dilacerados e entusiastas os dois continuam suas jornadas pelo menos nos próximos dias juntos em busca de um maior contato  e de informações concretas.


Foi um ótimo relato dos diretores a respeito dessa relação intempestiva e que sirva de exemplo para todos .




No final, uma canção belíssima nos créditos "We Care" - Karelle & Kuntur  que te ajuda a repensar sobre todo o ocorrido no longa .


Valeu a pena !


Eu recomendo !






"Théo & Hugo no Mesmo Barco"- Oliver Ducastel e Jacques Martineau.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

"A Pequena Loja de Suicídios" OU Quer Escolher Um Método?







Comprei esse filme por causa de seu título e da capa , muito bem ilustrada, colorida, chamativa mesmo.






É um clássico francês da animação, dirigido por Patrice Leconte, atemporal, que faz uma crítica social de forma bem humorada e leve.






"A Pequena Loja de Suicídios" , mostra uma cidadezinha na França, toda cinza, parada, triste , onde as pessoas também são depressivas, não têm vontade de viver, e buscam a todo momento uma maneira de deixar a vida.






Com isso, a família Tuvache, abre um negócio que prospera e vai de vento em pompa: Uma loja que vende de tudo para o suicídio.






Mishima e Lucrece os donos e seus filhos fazem de tudo para o cliente levar o objeto ou poção ideal para sua morte ser mais estilizada. E pagam caro por isso !






A cidade é tão tétrica, que as pessoas se jogam na frente de trens, carros, ou de ponte para se suicidarem. Mas, tem um problema : Se for em via pública, a família da vítima tem que pagar uma multa altíssima por isso.






As coisas mudam, quando Lucrece dá a luz a um menino e esse, diferentemente dos outros dois, sorri, é bem humorado e não gosta de assuntos de morte.






Faz uma reviravolta na vida dos Tuvaches. Mudam até de ramo comercial.






O filme é bem interessante, já que trata de um problema mundial, já que se suicidam 804 mil pessoas por ano, no mundo, uma média de uma pessoa a cada 40 segundos e o Brasil é o 8º País do mundo com maior índice de suicídio.






Valeu a pena !






Eu recomendo !




"A Pequena Loja de Suicídios"-Patrice Leconte

quarta-feira, 24 de maio de 2017

"ARGO" OU Filme Político EUA X Irã





Logo depois da chamada da TV aberta sobre o filme, veio o interesse, já que eu o tinha já há muito tempo e nunca tinha assistido.






"Argo", do diretor Bem Affleck , ganhador do Oscar de Melhor Filme em 2013, era a bola da vez.






Gostei muito do tema e do desenrolar do filme, já que te prende para saber qual será o fim daqueles 6 refugiados na embaixada canadense , além de muitos outros presos pelos iranianos quando entraram na embaixada americana em Teerã.






O filme mostra também como a cultura árabe realmente odeia os americanos, parece que é como se xingasse uma mãe deles .






A revolta aconteceu em 1980, e durou vários dias, até que a CIA resolveu executar um plano bem atípico: Inventar que estava sendo produzido um filme, mudar os passaportes dos 6 americanos para canadense e dar a cada um deles uma função na produção do filme.






Não foi fácil passar por tudo isso , e a visita ao Gran Bazar da equipe quase coloca tudo a perder .






O responsável pela CIA era Tony Mendez ( Bem Affleck) que com a ajuda do Studio de produção de Los Angeles de John Chamber ( John Goodman) produziram de mentira o filme ARGO.






Filme interessante para entender como os dois países não se entendem e odeiam um ao outro.






Valeu a pena !






Medalha de Ouro para os Canadenses !






Eu recomendo !


segunda-feira, 22 de maio de 2017

"Sandy-Meu Canto" OU Show no Theatro Pedro II



Assisti nessa semana no Theatro Pedro II, o show "Meu Canto" da excelente SANDY.



Não foi surpresa alguma a qualidade apresentada, sempre em alto nível, como de costume da cantora e sua produção, a começar pelo cenário : Belíssimo e de muito bom gosto.



O início do espetáculo, na primeira música, ela aparecendo pela sombra na porta foi muito legal .



O show foi exatamente a reprodução do DVD Meu Canto , onde a cantora cantou todas as músicas do DVD.



Com muita simpatia e um vestido belíssimo, Sandy encanta em todos os lugares a que vai com sua doce voz e seu enorme carisma.


O teatro estava lotado, e mesmo assim, parece que seus fãs têm a mesma gentileza que a cantora , se comportando , cantando todas suas músicas e assistindo ao show pacificamente.



O show de 1 hora e meia foi especial e todos que ali estiveram realmente puderam ratificar o apreço à cantora.


Me Espera, Pés Cansados, All Star, Aquela dos 30 foram as minhas músicas favoritas .


Foi tudo muito perfeito , inclusive fãs clubes, colocando uma flor e um lembrete em cada poltrona do teatro para ser feita uma homenagem à cantora , tudo muito sincronizado.



E o que mais eu gostei foi saber que a produção dela, ofereceu 2 convites à diretora artística do teatro , mas, em cima da hora, e disse : Entrega para quem realmente não pôde pagar o ingresso e gostaria muito de assistir ao show.


Como estava quase para começar, a então diretora, foi para fora do teatro e percebeu um casal olhando para dentro e aí perguntou : - O que vocês  estão fazendo ? E a moça respondeu : Nós vamos ouvir o show daqui de fora .


Não deu outra ! A diretora perguntou : Vocês gostariam de assistir ao show ? E a moça respondeu : Claro! É o meu sonho ! E a diretora : Então, pode entrar que esses 2 convites foi a Sandy que deu para vocês ! Foi uma explosão de alegria !


Muito legal essas atitudes principalmente nos dias de hoje . Valeu !!!


Recomendo esse show !